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Uma falha técnica levou a Petrobrás a antecipar uma parada de manutenção prevista para começar no fim do mês na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. Desde anteontem, a refinaria interrompeu a produção diária de 32 milhões de litros de combustíveis. A companhia garante que o fornecimento está normal, mas para o Sindicombustíveis-PR pode faltar produto em alguns postos do estado e de Santa Catarina (SC).

Em nota, a Petrobrás informa que "o trabalho de manutenção é uma rotina", que "a produção já está em processo de normalização e o mercado está sendo abastecido normalmente", mas não detalha qual foi a falha. A parada programada para o fim de novembro seria a primeira do ano e deveria durar três semanas, quando o abastecimento seria feito por outras refinarias do país. A expectativa é que tudo esteja resolvido na sexta-feira.

O presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, diz que a falha prejudicou o bombeamento de combustível para as distribuidoras. "Muitas empresas deixaram de receber produto. O problema parece mais sério do que se pensava e deve ser resolvido só na segunda-feira", disse. Até lá, alguns postos podem ficar sem combustível. "As grandes companhias estão fazendo uma readequação. Elas tiram combustível de um posto e levam para outro, ou vão buscar em Paulínia [onde há diversas refinarias]."

Caminhoneiros que aguardavam na base de carregamento ao lado da Repar, onde se concentram as distribuidoras, confirmam que há falta de combustível. "O tempo de espera varia de três a nove horas, mas aumentou em 40% de ontem para hoje", disse um motorista que preferiu não se identificar. O empresário Arnildo Carlos Gerhardt, proprietário de um posto de Curitibanos (SC), reclama que não conseguiu comprar combustível em Araucária nesta semana. "Faz 30 dias que mando caminhão lá para abastecer de álcool e não adianta. Ontem [anteontem], passou a faltar diesel e gasolina", afirma.

Segundo Gerhardt, haveria um motivo adicional apra a demora: funcionários terceirizados da Repar estariam fazendo "operação-padrão" para conquistar benefícios similares aos dos trabalhadores concursados. A empresa e o sindicato da categoria, o Sindipetro PR/SC, negam a informação. Caminhoneiros dizem também que uma caldeira de armazenagem de combustível teria explodido, o que a Petrobrás nega.

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