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Imóveis - Caixa pretende financiar R$ 1 bilhão no ano

A Caixa Econômica Federal, principal financiador imobiliário do Brasil, já fechou 14,5 mil contratos neste ano no Paraná. O valor contratado foi de R$ 416,6 milhões. "Normalmente se produz mais no segundo semestre, então vamos bater a casa de R$ 1 bilhão com certeza", diz o gerente regional de negócios para a construção civil, Gueber Roberto Laux. Parte desse volume será negociado no feirão marcado para este fim-de-semana, no Marumby Expo Center.

A retomada da construção civil, setor que cresceu 2,4% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o IBGE, já esbarra na falta de mão-de-obra especializada. No Paraná, as construtoras estão com dificuldades para preencher todas as vagas. O saldo de pessoas contratadas no setor entre janeiro e março representa metade de todo o saldo do ano passado. Considerando os dados de abril, o porcentual é de 65%, com saldo positivo de 3927 postos de trabalho. De acordo com o IBGE, houve alta de 3% no número nacional de postos de trabalho no setor.

"Curitiba está um verdadeiro canteiro de obras, assim como muitas cidades do interior. As construtoras estão solicitando por mão-de-obra, que está em falta", afirma o presidente da Federação dos Trabalhadores em Construção Civil e Mobiliário do Paraná (Fetraconspar), Geraldo Ramthun. Segundo ele, há cerca de 150 mil pessoas trabalhando no setor no Paraná, das quais 120 mil com carteira assinada. Foram contratados entre janeiro e abril deste ano 26,6 mil pessoas, para 22,7 mil demissões.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), Normando Antônio Baú, a recuperação do setor, tão esperada, está enfrentando problemas com a falta de pessoal especializado. "O problema é que foram quatro anos de baixo desempenho e um aquecimento muito rápido a partir do ano passado. Não é possível, de uma hora para outra, recuperar os trabalhadores que atuavam na área", diz. Ele avalia que muitas pessoas deixaram a construção civil e passaram a trabalhar em outros setores, durante a crise dos últimos anos.

O Sinduscon-PR tem promovido cursos de qualificação e aperfeiçoamento. Mas o setor poderá contar com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que está ampliando o número de vagas para cursos na área de construção civil, de 60 para 200. "Por enquanto as empresas estão fazendo um trabalho forte de treinamento", conta Baú.

Crédito

O aquecimento do setor está diretamente ligado à oferta de crédito, avalia Baú. "Há crédito abundante. Com juros altos e maior prazo de pagamento, as prestações cabem no bolso das pessoas", afirma. De acordo com o IBGE, o volume de crédito direcionado ao setor de habitação aumentou 22,9% no primeiro trimestre deste ano, em termos nominais. Reflexo disso é o volume de contratos realizados neste ano. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o número de contratos fechados em todo o país, entre janeiro e março deste ano aumentou 70% em relação ao mesmo período do ano passado (de 20 mil para 34,7 mil). O valor contratado teve alta de 86%, passando de R$ 1,5 milhão para R$ 2,9 milhões.

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