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Foi vendida em leilão por R$ 430 milhões na tarde desta quarta-feira (24) a Fazenda Piratininga, do empresário Wagner Canhedo Azevedo, ex-presidente da falida aérea Vasp, de acordo com a a assessoria de imprensa dos 12 leiloeiros oficiais do Estado de São Paulo.

A propriedade estava avaliada em R$ 615 milhões.

A reportagem do G1 procurou Canhedo, por telefone, após a divulgação do resultado do leilão e aguarda retorno.

O dinheiro deve ser usado para pagar parte da dívida trabalhista deixada pela empresa, de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

A fazenda pertence à Agropecuária Vale do Araguaia, de Goiás, ligada ao Grupo Canhedo, do empresário Wagner Canhedo. O empresário também é dono da empresa de ônibus Viplan, de Brasília.

Em abril, a fazenda foi a leilão, mas não teve comprador.

Na véspera, por telefone, Canhedo reclamou ao G1 sobre a venda da fazenda, que considera um investimento arriscado.

"A fazenda tem muitas pendências judiciais a serem julgadas ainda. Se tiver algum maluco querendo dar lance lá, ele vai jogar dinheiro no fogo. Seria melhor aguardar o julgamento de todas as pendências", afirmou ele, que considera que o patrimônio da Vasp seria suficiente para pagar as dívidas da aérea falida.

Histórico

A venda da fazenda Piratininga foi pedida por meio de ação civil pública pelo Ministério Público do Trabalho e Sindicato dos Aeronautas e Aeroviários, para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas após a falência. Segundo o tribunal, o empresário Wagner Canhedo havia se comprometido a quitar os débitos, mas descumpriu o acordo.

Entre os itens que estavam previstos na venda judicial estão 47 mil vacas da raça nelore, mil bezerros, 1,6 mil touros, tratores e outros equipamentos, além de veículos, como 20 caminhões, dois ônibus e caminhonetes.

A ação civil não faz parte do processo de falência da Vasp e foi aberta para que os trabalhadores possam receber seus direitos mais rapidamente

Fundada em 1933, a Vasp deixou de voar por problemas financeiros em 2004, demitindo boa parte de seus funcionários e mantendo serviços de assistência técnica a algumas outras companhias em seu pátio no Aeroporto de Congonhas, onde ficaram estacionados os aviões que a empresa não utilizava mais.

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