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A Pesquisa de Projeções e Expectativas de Mercado apontou em setembro um aumento da projeção do PIB para 2008 de 4,79% para 5 15%. De acordo com o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, essa elevação é efeito do aumento do Produto Interno Bruto de 6,1% registrado no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

Para 2009, as instituições ouvidas indicaram uma redução da taxa de crescimento do País, que passou de 3,90% para 3,75%. "Essa redução na margem está relacionada ao aperto monetário adotado pelo Banco Central desde abril e também pela desaceleração da economia mundial provocada sobretudo pela atual crise financeira", comentou Sardenberg.

A pesquisa apontou que as projeções para a produção industrial seguiram os movimentos registrados pelo PIB, pois subiram de 5 33% para 5,64%, enquanto baixaram para o próximo ano de 4,52% para 4,20%. A taxa de expansão da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) também segue trajetória semelhante: deve subir de 12,81% para 13,40% este ano, mas deve recuar um pouco em 2009 de um incremento de 10,45% para 9,79%.

Devido à política monetária restritiva e ao desaquecimento do PIB global, os especialistas acreditam que o IPCA em 2008 deve subir 6,19%, taxa inferior aos 6,48% apurados na pesquisa de julho. Para o ano que vem, as projeções para o IPCA apresentaram pequena elevação, passando de 4,93% para 4,94%, números superiores à meta de 4,50% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No caso do IGP-M, as previsões baixaram de 12,10% para 10,24% em 2008 e recuaram para 2009 de 5,74% para 5,49%.

Selic

Os economistas dos bancos não alteraram as projeções de alta para a Selic ao fim de 2008 - elas permaneceram em 14,75%. "Para 2009, as projeções recuaram um pouco de 14% para 13,75%, devido provavelmente à redução do nível de atividade do País, causada pela elevação dos juros este ano e pela crise internacional, o que deve reduzir a necessidade do Banco Central elevar os juros no ano que vem", afirmou Sardenberg.

As projeções para o câmbio indicam desvalorização do real frente ao dólar, pois a cotação subiu de R$ 1,63 para R$ 1,74 no encerramento de 2008 e, para 2009, aumentaram de R$ 1,73 para R$ 1,82.

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