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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) espera que o Banco Central discuta com o mercado as especificidades do sistema financeiro brasileiro ao adotar aqui as regras anunciadas no domingo para o Basileia 3, que aumenta a qualidade do capital exigido dos bancos pelas autoridades reguladoras. Nesse cenário, uma discussão que pode ser feita pelo BC com o mercado é a redução do nível total do Índice de Basileia adotado no Brasil (de 11%) para os 8% do padrão internacional.

"Se haverá convergência no longo prazo com o padrão internacional das regras do Acordo de Basileia, é preciso que as taxas também fiquem em linha. Se a exigência de capital aqui é maior, os bancos ficam mais capitalizados, mas pode ter maior custo para os bancos em comparação com seus concorrentes mundiais. As regras não podem atrapalhar a competitividade dos bancos", disse o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg.

Para Sardenberg, o Brasil está em trajetória de crescimento da economia, que vai exigir mais crédito, inclusive de longo prazo, e a adoção de regras ainda mais rígidas que o padrão internacional pode engessar o sistema financeiro. No limite, pode encarecer o crédito, pois os bancos vão ter de reter mais capital. Em um primeiro momento, o economista não prevê maiores impactos das regras nos bancos brasileiros, que já estão bem capitalizados.

Para Sardenberg, o Brasil tem algumas especificidades, como o nível maior de compulsório que outros países, a forma diferente de contabilização das provisões para devedores duvidosos e o fato de a economia estar em crescimento. "Isso tudo precisa ser levado em conta", argumenta. Ao mesmo tempo, os bancos locais já estão bem capitalizados e não passaram por problemas de solvência durante a crise financeira mundial.

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