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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Gasolina menos atraente

Um dos primeiros produtos a chamar a atenção do morador da fronteira, a gasolina, não faz mais sucesso como antigamente. O combustível, que chegou a levar alguns brasileiros a economizar até R$ 100 por mês há dois anos devido à diferença entre os preços praticados no Brasil, hoje não é tão atraente.

A corrida em massa para colocar gasolina na Argentina provocou filas quilométricas nos postos, mas começou a incomodar o governo local. No ano passado, os argentinos começaram a fazer preços diferentes para estrangeiros.

Diferença

A vantagem diminuiu, mas ainda existe. Nos postos de Puerto Iguazú, o litro da gasolina comum custa hoje R$ 1,42 para os motoristas argentinos e R$ 1,94 para os brasileiros e paraguaios. Mas em Foz do Iguaçu, o litro sai por R$ 2,28.

Puerto Iguazú – A farinha de trigo é o mais novo produto da cesta dos brasileiros que moram perto da fronteira e fazem compra na Argentina. Em Puerto Iguazú, cidade vizinha a Foz do Iguaçu, o quilo do produto em promoção nos supermercados pode ser encontrado por até R$ 0,77 (1,19 pesos), ou seja, 54% mais barato em relação aos preços praticados na cidade brasileira, onde a marca mais em conta custa cerca de R$ 1,69.

A diferença tão grande de preços ocorre em parte por causa da desvalorização da moeda argentina frente ao real nos últimos quatro anos – esta semana um peso estava valendo R$ 0,65. Além disso, a farinha brasileira subiu de preço por conta da quebra na safra e de uma alta no mercado mundial. O preço na Argentina, ao contrário, caiu porque o país proibiu as exportações para atender ao mercado interno.

Como a queda é recente, no entanto, os supermercadistas de Puerto Iguazú dizem que os brasileiros ainda não descobriram o produto e a procura é tímida se comparada à procura por vinho, por exemplo. "A maioria dos brasileiros vem abastecer o carro e depois passa nos mercados para comprar alguns produtos", diz o gerente de um supermercado na cidade, Sebastian Sureda. Ele diz que os brasileiros costumam comprar também frios, derivados de trigo e leite.

Do lado de cá da fronteira, os brasileiros dizem que vale a pena cruzar a fronteira para comprar não só pelos preços, mas também pela qualidade de alguns produtos. E a fama dessas iguarias não atrai apenas moradores fronteiriços. Os turistas também descobriram o caminho de Puerto Iguazú. O casal Érica Boccuzi e Carlos Roman, de São Paulo (SP), ambos chefs de cozinha, viajam com freqüência para Foz do Iguaçu e sempre visitam mercados e lojas de Puerto Iguazú. "A qualidade dos produtos aqui faz uma grande diferença", diz Roman. Na sua cesta de compras não faltam azeitona, queijo, vinho e azeite de oliva.

Outro produto famoso na fronteira é o queijo, de vários tipos e sabores. O preço varia de R$ 11 a R$ 48,70, o quilo. Apesar de os tipos mais caros não serem considerados tão em conta para muitos, o queijo argentino não deixa de conquistar os brasileiros, principalmente pelo sabor.

As geléias do outro lado da fronteira também enchem a boca e o carrinho dos brasileiros. Um dos potes mais caros custa R$ 3,25. No Brasil, o preço médio é de R$ 6,85.

Outro produto famoso entre os brasileiros, o alfajor (uma espécie de bolacha doce típica da Argentina), pode ser encontrado por R$ 1. Na lista de preferências, também não faltam as empanadas, tipo de salgado argentino frito ou assado. Doze unidades custam R$ 10 e acabam saindo mais em conta se comparadas ao preço de 12 salgados brasileiros, vendidos em média a R$ 1,50 cada.

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