O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, defendeu ontem que a indústria de transformação seja beneficiada com desoneração da folha de pagamentos como um todo, e não apenas em segmentos específicos. Para compensar a perda tributária da receita federal com essa medida, o governo deveria aumentar a taxação do restante da economia, propõe Francini. "Não temos vergonha nenhuma da nossa proposta", afirmou.
Para Francini, a desoneração da folha de pagamentos ajudaria a corrigir uma "distorção da carga tributária" do sistema brasileiro. O diretor da Fiesp argumenta que a indústria tem uma participação de 14,6% no Produto Interno Bruto (PIB), enquanto arca com 30% de toda a arrecadação tributária. Segundo ele, a proposta de desoneração foi feita ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teria prometido analisar a questão.
Francini não vê como injusta a proposta de fazer com que os outros setores da economia compensem a desoneração da indústria. "Onde quer que o governo coloque a carga tributária, é o contribuinte que, na verdade, vai arcar com ela", disse. "Quem vai pagar a carga tributária da indústria não são os compradores de insumos para a indústria, mas os clientes finais do produto. É a sociedade que paga a carga tributária."
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