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O novo ministro das Comunicações, José Artur Filardi, disse nesta quarta que "não há a menor possibilidade" de os Correios exercerem a função de gestor do Plano Nacional de Banda Larga. "Não vi ninguém falando isso, nem dentro do ministério nem no governo. Acho que está fora de cogitação. Tem um projeto de modernização dos Correios, mas isso não está incluído", disse o ministro, referindo-se à minuta de medida provisória apresentada ao Palácio do Planalto há cerca de um mês pelo ex-ministro Hélio Costa, que prevê a transformação dos Correios em uma sociedade anônima de capital fechado.

Ele lembrou que a definição do plano de banda larga está sob o comando da Presidência da República. Filardi defendeu a necessidade de se unificar o discurso na montagem do programa e disse que pretende dar continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo seu antecessor. Hélio Costa apresentou, no ano passado, uma proposta para massificar os serviços de banda larga em parceria com as empresas de telefonia. Ao ser questionado se ele será um interlocutor das operadoras de telefonia junto ao governo, Filardi respondeu: "Não tenho essa pretensão, nós vamos trabalhar para encontrar a melhor solução possível."

O nome de Filardi foi o último a ser anunciado entre os substitutos dos dez ministros que deixaram hoje o governo para se candidatarem nas eleições. A indefinição se deu principalmente por resistências no governo a sua pouca experiência técnica no setor. Também chegou a ser questionado o fato de sua esposa, Patrícia Leite, ser uma das sócias de uma rádio em Barbacena (MG), adquirida de Hélio Costa.

Filardi disse que não há nenhum problema legal para que ela permaneça como sócia da emissora. "Não está no meu nome, é da minha mulher. Ela não tem gerência e apenas participa da sociedade", afirmou o ministro após a cerimônia de transmissão de posse, nesta tarde. Ele acrescentou que se houver algum questionamento, consultará a Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

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