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Podendo financiar carros em até 80 meses, consumidor vai às compras: operação de leasing teve o maior crescimento | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Podendo financiar carros em até 80 meses, consumidor vai às compras: operação de leasing teve o maior crescimento| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

São Paulo - O saldo das carteiras de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e leasing para financiamento de veículos para pessoas físicas atingiu R$ 149,4 bilhões em julho, com crescimento de 12,3% sobre o valor registrado no mesmo mês do ano passado.

Os números da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), que compilou os dados de todo o setor bancário, mostram que o aumento continua sendo puxado pelas operações de leasing, que chegaram a um saldo de R$ 65,5 bilhões, 33,5% maior do que um ano antes. Já a carteira de CDC se manteve estável nesses doze meses, em R$ 83,9 bilhões.

Para Luiz Montenegro, presidente da Anef, não importa para o setor qual tipo de produto está crescendo porque a maioria dos bancos e financeiras oferece os dois. A vantagem do leasing sobre o CDC é não haver cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mas, para saber qual é a melhor escolha em cada caso, o consumidor deve comparar o valor das parcelas e o Custo Efetivo Total (CET).

O levantamento mostra ainda que a inadimplência acima de 90 dias na carteira de CDC chegou a 5,3% em julho, um pouco abaixo da registrada no mês anterior (5,5%), mas muita acima do índice em julho do ano passado (3,7%).

"O crescimento já era esperado por causa dos financiamentos feitos em 2007 e em meados de 2008, com prazos muito longos e novos clientes entrando nesse mercado", disse Montenegro, para quem a taxa "ainda não é preocupante". Nesses dois anos, a indústria automobilística bateu recorde de vendas.

Na sua avaliação, o aumento gradual da alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis a partir do próximo mês, até voltar ao percentual original em janeiro, não deve afetar a expansão do saldo da carteira. "A confiança do consumidor na economia já foi restabelecida, e o primordial é ter crédito", afirmou o presidente da Anef.

Vale lembrar que a oferta de crédito diminuiu com o agravamento da crise no final do ano passado, impactando imediatamente as vendas de veículos. Para estimular o financiamento aos consumidores, Banco do Brasil e Nossa Caixa disponibilizaram em novembro linhas de R$ 4 bilhões, cada um, para as financeiras das montadoras. A previsão da Anef é terminar 2009 com acréscimo entre 10% e 15% sobre dezembro de 2008.

O plano máximo para financiamento de veículos está em 80 meses, assim como em junho, ante 72 meses em julho de 2008. A taxa de juros média, nas associadas da Anef, também permaneceu a mesma, em 1,49% ao mês, porém abaixo da registrada há um ano (1,75%). As praticadas no mercado em geral tiveram ligeira alta entre junho (2,00%) e julho (2,01%), mas são inferiores à de julho do ano passado (2,43%).

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