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O etanol combustível, um dos vilões da inflação no primeiro bimestre do ano, já começa a dar sinais de alívio no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. Na primeira quadrissemana de março, o preço do etanol registrou queda de 0,96%, depois de várias semanas seguidas em alta expressiva. No fechamento de fevereiro, o etanol havia subido 0,14% e, na leitura anterior, 4 51%.

A queda do preço do álcool também contribui para o alívio do preço da gasolina, cujo reajuste neste início de ano foi explicado pelo movimento de alta do álcool. Na primeira quadrissemana de março, a gasolina sofreu reajuste de preço, mas em intensidade bem inferior à observada em fevereiro. Nesta leitura, a alta da gasolina foi de 0,77%, ante 1,62% no fechamento de fevereiro e 1,72% na terceira quadrissemana do mês passado.

Na capital paulista, os preços da gasolina nos postos estão em torno de R$ 2,40 e R$ 2,35 por litro e os do etanol são praticados entre R$ 1,65 e R$ 1,70 por litro, o que torna indiferente para o bolso do consumidor utilizar etanol ou gasolina no tanque dos carros flex.

Mas no interior paulista o etanol já está ligeiramente mais competitivo que a gasolina nos postos de combustíveis. Em cidades como Ribeirão Preto, Campinas e Limeira, enquanto a gasolina segue em média entre R$ 2,50 e R$ 2,60 por litro, o etanol é cobrado entre R$ 1,50 e R$ 1,60, o que torna o hidratado mais competitivo que o combustível fóssil.

Para o coordenador do IPC da Fipe, Antônio Comune, o etanol deve seguir em queda, enquanto a gasolina tende a mostrar desaceleração ao longo de março. Esse fator e o fim do impacto do reajuste dos transportes públicos sobre a inflação explicam a projeção de alta modesta para o grupo Transportes, de 0,08% no mês. Em fevereiro, esse grupo subiu 1,14%.

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