A Mozilla, empresa que desenvolve o navegador Firefox, anunciou nesta quinta-feira (20) que removeu para usuários do software nos EUA o buscador Google e o substituiu pelo do Yahoo!, em um movimento que encerra uma parceria de uma década.
Nas outras partes do mundo, incluindo o Brasil, não haverá mudança.
O acordo começa a valer no mês que vem e tem prazo de cinco anos.
Para a executiva-chefe do Yahoo!, a ex-funcionária do Google Marissa Mayer, a novidade significará um ganho para a empresa que dirige, já que usuários do Firefox fazem cerca de 100 bilhões de buscas por ano.
"É uma das maiores oportunidades no mercado de busca independentemente direcionada", disse Mayer no anúncio.
Para a parceria, o Yahoo! disse que incrementou o visual de seu buscador, fazendo maior uso de fotos e de gráficos.
Concorrência
O Yahoo! vem perdendo seguidamente espaço nesse lucrativo segmento. Nos EUA, detém 10% da participação de mercado de pesquisas on-line, ante 67% do Google e de 10% da Microsoft, segundo dados de agosto último da empresa de pesquisa tecnológica comScore.
No mundo, o Google responde por 58% das consultas, ante 29% do chinês Baidu, de 8% da Microsoft e de 4% do Yahoo!, segundo a Net Applications.
A tensão entre o Google e a Mozilla, que pode ter levado a essa cisão, vem aumentando desde que, em 2008, a gigante de buscas lançou o navegador Chrome. O browser, hoje líder, detém 48% do mercado, ante 19% do Internet Explorer (Microsoft) e de 17% do Firefox, segundo dados de outubro da empresa StatCounter.
Não foram divulgados dados financeiros sobre a nova parceria, cujo anúncio foi acompanhado de outros acordos da Mozilla, com o Baidu (para buscas feitas por usuários na China) e com o Yandex (Rússia).
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