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Os países da zona do euro precisam de um fundo de resgate maior e o Banco Central Europeu deve aumentar seu programa de recompra de dívida para evitar que a crise da dívida soberana de alguns dos países periféricos da zona da moeda comum atrapalhe a recuperação do bloco, disse um relatório do FMI obtido pela Reuters.

O secretário-geral do FMI Dominique Strauss-Kahn vai apresentar o relatório sobre a economia dos 16 países que adotaram o euro numa reunião com os ministros das finanças dessas nações e o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, na segunda-feira.

"A recuperação econômica pode continuar nos trilhos, mas esse cenário poderia agora facilmente descarrilar pela incerteza que retorna aos mercados financeiros", diz o relatório do FMI.

"A tempestade dos mercados financeiros que está afetando a periferia (da zona do euro) constitui um risco de queda severo", disse o relatório.

O FMI dirá aos ministros que apesar de o pacote de 85 bilhões de euros (114.1 bilhões de dólares) reunido pelo FMI e pela União Européia para a Irlanda e os planos para criar um mecanismo permanente para solucionar crises serem bem-vindos, não é o suficiente.

"Há também um argumento forte para que se aumentem os recursos disponíveis para essa rede de segurança e para tornar seu uso mais flexível, inclusive para dar apoio mais efetivo aos sistemas bancários", disse o relatório.

Agora, a zona do euro tem um fundo de 750 bilhões de euros para ajudar governos que adotam a moeda única a se libertarem dos mercados financeiros. Em troca, contudo, esses governos têm de realizar reformas e tomar medidas de austeridade fiscal.

Para impedir que o custo da dívida de países como Portugal ou Espanha aumentem exponencialmente, o BCE tem comprado seus títulos de dívida no mercado secundário. Mas as compras de dívida têm sido moderadas comparadas, por exemplo, com as realizadas pelo o banco central dos Estados Unidos.

A oferta extraordinária de liquidez do BCE e seu programa de mercados financeiros, assim como o sistema de ajuda aos bancos dos países precisam continuar e ser aumentados até que a incerteza sistêmica diminua, disse o FMI. Com o tempo, eles devem ser removidos gradualmente para evitar o retorno de pressões inesperadas do mercado.

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