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O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou suas previsões de crescimento para a Eurozona, para os Estados Unidos e para o Brasil, segundo o relatório Previsões Econômicas Mundiais (WEO, siglas em inglês), divulgado nesta terça-feira (20).

De acordo com o FMI, a Eurozona deve crescer de 2% a 1,6% neste ano, e de 1,7% a 1,1% em 2012, o que confirma a desaceleração do crescimento, devido à crise da dívida soberana no continente. "Europa luta contra uma renovada volatilidade nos mercados e riscos crescentes de instabilidade financeira", afirma o FMI. O Banco Central Europeu (BCE) deverá baixar sua taxa básica se as ameaças continuarem, sugeriu o órgão.

O Brasil deve crescer, neste ano, 3,8% - a perspectiva anterior era de 4,1%. Em 2012, o FMI manteve a estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha elevação de 3,6%.

Estados Unidos crescerá 1,5%

Em relação aos Estados Unidos, o crescimento econômico chegará apenas a 1,5% em 2011, e a 1,8% em 2012, indica o FMI. Até então, o Fundo previa um crescimento de 2,5% neste ano 2011 e de 2,7% no ano seguinte.

O órgão exortou as autoridades americanas a tomar as medidas necessárias para reduzir a dívida pública e apoiar a recuperação.

O PIB americano havia aumentado 3% em 2010, mas "a atividade econômica perdeu velocidade" e a redução do ritmo "foi mais forte do que o previsto", indica o FMI.

De todos os países do Grupo dos Sete (G7, nações industrializadas), os Estados Unidos foram o que sofreu a revisão para baixo de seu crescimento mais expressiva. Segundo a organização internacional, o crescimento dos Estados Unidos será inferior ao da média dos países desenvolvidos. As taxas projetadas são muito inferiores à última previsão do governo americano, que anunciou, este mês, um crescimento de 2,1% em 2011 e de 3,3% em 2012.

Em outras palavras, se as previsões do FMI se concretizarem, o crescimento será notoriamente insuficiente para reduzir a elevada taxa de desemprego, que persiste há dois anos, e que oficialmente situou-se em 9,1% em agosto.

De acordo com o FMI, Washington deve estabelecer como "prioridade absoluta" um programa orçamentário que permita ao país colocar a dívida pública em um nível viável a médio prazo e apoiar a recuperação a curto prazo.

Levando-se em consideração que o risco consiste em uma deterioração da conjuntura, Estados Unidos e Europa "podem voltar a cair em recessão" se os poderes públicos não tomarem as decisões necessárias, considera o Fundo.

Para a organização internacional, o Fed (Banco Central dos Estados Unidos) "deveria estar disposto a aumentar o apoio monetário já feito por vias não convencionais" para que o pior seja evitado.

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