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O governo francês anunciou nesta segunda-feira (13) um plano de 360 bilhões de euros (US$ 483 bilhões) para garantir a viabilidade dos bancos e seguradoras do país durante a crise financeira global. O presidente Nicolas Sarkozy anunciou o plano (que envolve 320 bilhões de euros em garantias governamentais de depósito interbancários e 40 bilhões de euros em ajuda à recapitalização) dizendo que apenas instituições púbicas podem restabelecer a confiança nos mercados.

As medidas francesas fazem parte dos esforços de vários países europeus para dar suporte a bancos e seguradoras em dificuldades. Sarkozy enfatizou que nenhuma instituição financeira francesa enfrenta problemas. Ele afirmou, porém, que o governo deve tomar medidas para tranqüilizar os clientes dos bancos e os mercados. "Quando a credibilidade das instituições financeiras é afetada, quando uma turbulência tão grande reina no mercado, quando o pânico irracional toma conta, todos recorrem a instituições públicas", disse Sarkozy durante entrevista coletiva à imprensa.

Ele disse que a prioridade de seu governo é liberar o crédito interbancário, que desacelerou até quase a estagnação, já que os bancos estão temerosos de emprestar a seus pares. Sarkozy disse que o programa de garantia de empréstimo de 320 bilhões de euros será aplicado a créditos com vencimento de até cinco anos que forem contratados antes de 31 de dezembro de 2009. Além disso, a França tornará disponíveis 40 bilhões de euros para uma empresa totalmente controlada pelo governo que vai recapitalizar os bancos, quando necessário, ao subscrever emissões de instituições financeiras de ações preferenciais ou dívida subordinada.

O plano francês foi decidido durante uma reunião de gabinete extraordinária na manhã de hoje, que seguiu-se a uma reunião de cúpula, ocorrida ontem em Paris, com líderes dos 15 países da zona do euro.

Europa

Países de toda a Europa vêm divulgando hoje planos de socorro para o setor financeiro como parte de uma ação unificada. Em seu pronunciamento, Sarkozy lembrou que os governos europeus, como um todo, estão disponibilizando muito mais dinheiro para a restauração de seus mercados financeiros do que os Estados Unidos, que prepararam um plano de socorro de US$ 700 bilhões.

O plano de ação europeu é similar ao britânico, cujo governo garante até 250 bilhões de libras (US$ 433 bilhões) de empréstimos bancários vencendo no período de 36 meses e disponibilizou 50 bilhões de libras para a compra de ações de bancos com problemas.

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