Funcionários da fábrica de bebidas da Ambev em Manaus decidiram entrar em greve por tempo indeterminado após impasse nas negociações salariais. Eles devem aproveitar o calendário da Copa para pressionar por aumento real de salário.
A unidade tem cerca de 1.000 empregados e a adesão é de 70 trabalhadores até o momento, de acordo com representantes da categoria.
Uma assembleia na noite desta quarta (14) aprovou a paralisação, que também foi mantida nesta quinta (15) após empresa e sindicato não conseguirem chegar a um acordo.
A confederação nacional dos trabalhadores do setor (Cnta) e o sindicato dos trabalhadores nas indústrias de bebidas de Manaus (Stibam) pedem reajuste salarial com aumento real -acima da inflação de 10%-, um programa nacional de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e piso nacional de R$ 1.500.
A exemplo de categorias como bancários e petroleiros, os trabalhadores querem negociações em nível nacional para garantir os mesmos direitos aos funcionários de várias regiões do país.
Por essa razão, as entidades sindicais informam que a paralisação pode se estender por outras regiões, mas a empresa descarta. No país, são 32 mil funcionários da Ambev.
Em nota oficial, a companhia informa que "a expressiva maioria de seus funcionários em Manaus não aderiu à tentativa de paralisação" e a fábrica segue com a "rotina normal de trabalho a despeito de qualquer bloqueio ou desordem que o sindicato possa instalar na entrada da unidade".
A Ambev descarta problemas na produção e informa que "o abastecimento dos pontos de venda não serão afetados".
Também afirma que "segue aberta ao diálogo com o sindicato" e que não recebeu comunicado sobre aviso de greve.
O Ministério Público do Trabalho da região deve ser acionado ainda hoje pelas entidades sindicais para garantir o direito de greve.
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