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Sem receber o salário de janeiro, os mais de 300 funcionários da tradicional fabricante de massas e biscoitos Todeschini – que fechou as portas ainda em dezembro para as férias coletivas e não abriu mais –, começaram ontem a assinar suas rescisões e terem as carteiras de trabalho liberadas. A informação é do sindicato dos trabalhadores das indústrias de alimentos de Curitiba e região (STIP), que está conduzindo o processo. Segundo o diretor-presidente da entidade, Gilmar Servidoni, a ideia é terminar o trabalho até sábado. "Nosso objetivo é liberar o mais rápido possível esses trabalhadores para que eles possam ter acesso ao FGTS e ao seguro-desemprego e possam buscar seus direitos".

Servidoni disse que um juiz da 6.ª Vara do Trabalho da capital já deferiu a medida cautelar do sindicato, pedida no dia 31 de janeiro, que bloqueia os saldos da Todeschini e outras empresas envolvidas no negócio. "Os funcionários devem ter a prerrogativa de recebimento frente às outras dívidas das empresas". De início, a ideia é que um valor de R$ 3 milhões, ao menos, seja garantido. "Ainda esperamos a resposta da Justiça sobre quanto, efetivamente, conseguiremos salvar para os trabalhadores. Temos notícia de alguns funcionários afastados e isso pode fazer o número total de trabalhadores chegar a 400".

O STIP não quis enviar à Gazeta do Povo a cópia do deferimento, mas disse que a medida deve afetar a Todeschini Alimentos, a AC Comercial (que administra e vende os produtos da marca desde 2006), a Imcopa (processadora de óleo e farelo de soja com sede em Araucária que pertence a Frederico Busato Junior, um dos investidores que criaram a AC Comercial, e que também fornecia matéria-prima à Todeschini, mas que está em recuperação judicial) e da Mercantil Romana (empresa da família Todeschini que antes da AC Comercial vendia os produtos da marca e que até hoje responderia por parte dos funcionários do negócio).

Ontem, a reportagem tentou contato com a AC Comercial, mas ninguém atendeu. A família Todeschini, em especial Roberto Todeschini, que comandava a produção da fábrica, ainda não quis se manifestar. Eles foram procurados por intermédio do advogado Jorge José Domingos Neto, mas ainda não responderam aos questionamentos sobre o fechamento da fábrica.

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