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Representantes dos sindicatos dos aeronautas, aeroviários e associações que representam os funcionários da Varig assinaram nesta quarta-feira em uma reunião realizada na sede da Varig, no Rio, um protocolo de entendimentos, em que se comprometem a ajudar a companhia a redução o custo da folha de pagamento, hoje de US$ 32 milhões mensais para US$ 15 milhões, com a redução de 30% dos salários dos empregados e corte de 2.900 pessoas.

Com os cortes, a empresa passaria dos atuais 9,8 mil empregados para 6,9 mil, número que se adaptaria à frota atual da companhia, de 54 aviões em operação, com uma média de 127 pessoas por avião.

A reunião, que contou com a presença de executivos da área de recursos humanos da Varig, a consultoria Delloite, que é a administradora judicial do plano der recuperação judicial da companhia, a empresa Alvarez e Marsal, contratada para administrar um plano emergencial para a Varig e sindicalistas, foi marcada por um clima de urgência e a necessidade de uma rápida solução para a companhia.

Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, que participou da reunião, a Varig se comprometeu a reabrir imediatamente os planos de demissão voluntária e incentivo à aposentadoria como primeiro passo para a redução de pessoal. Somente depois das adesões aos planos, haveria o corte de pessoal propriamente dito.

- O administrador judicial do plano de recuperação da Varig (Alberto Fiori, da consultoria Delloite) nos disse que dada a situação, é necessário um esforço dos credores ou ele seria obrigado a pedir a falência da Varig já na segunda-feira.Nesse momento é duro dizer isso mas optamos por salvar a Varig com menos empregos do que vê-la fechar. O protocolo será apresentado aos demais credores que também serão convocados a implementar esforços em suas áreas - disseSelma.

O protocolo vai ser encaminhado também à 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, que acompanha a recuperação judicial da Varig. Segundo Gelson Fochesato, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, em 38 anos de Varig ele nunca presenciou um movimento deste tipo.

- Já tivemos situações de limite mas um movimento deste tipo com cortes e redução de salários desta forma é histórico na companhia - afirmou.

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