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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) marcou para os dias 6 a 8 de julho uma mobilização nacional para tentar pressionar a Petrobras a pagar maior participação nos lucros aos seus funcionários, uma reivindicação antiga que tem por objetivo 25 por cento do valor distribuído aos acionistas.

A categoria ainda finaliza assembleias regionais até quarta-feira para respaldar o movimento, mas de acordo com o coordenador da FUP, José Antonio de Moraes, o protesto já está marcado e não vai atrapalhar o abastecimento no país.

"No dia 6 a mobilização será feita nas áreas de exploração e produção, no dia 7 nas refinarias e no dia 8 nos terminais, termelétricas, usinas de biodiesel e unidades administrativas", afirmou Moraes à Reuters.

No ano passado, a categoria recebeu 1,2 bilhão de reais de participação no lucros, e para este ano a estatal provisionou 1,4 bilhão de reais, quando, na avaliação da FUP, deveria ter provisionado 3 bilhões de reais para o pagamento.

"Eles ofereceram este ano um percentual abaixo dos índices que a empresa colocou no balanço. O lucro líquido aumentou 17 por cento de 2009 para 2010, por que a nossa participação aumenta só 12 por cento?", questionou o coordenador da FUP.

Procurada pela Reuters, não havia um representante da Petrobras imediatamente disponível para comentar o assunto.

De acordo com o economista do Dieese que assessora a FUP, Henrique Jager, a luta histórica dos petroleiros é pela distribuição de 25 por cento de tudo o que foi pago aos acionistas em forma de dividendos.

"Do jeito que está o valor, significa apenas 12 por cento do que foi pago aos acionistas", explicou.

Outra briga dos trabalhadores é de que este ano não se repita o pagamento de bônus extra para cargos de confiança, que correspondeu a 0,6 por cento do lucro da companhia, informou Jager.

"Queremos a normatização do pagamento da participação de lucro que até hoje está em aberto", afirmou Jager.

Normalmente, os empregados da Petrobras recebem os recursos referentes à participação de lucro em janeiro e uma segunda parcela até a primeira quinzena de julho.

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