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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse ontem que a garantia de rentabilidade que será dada pela Caixa Econômica Federal vai encarecer o fundo de investimento de infra-estrutura que será criado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Marinho disse que entende que a garantia era desnecessária, mas será dada para atender as reivindicações das centrais sindicais e de parlamentares.

"O presidente Lula pediu ao ministro Guido Mantega (Fazenda) que garantisse esse rendimento mínimo. Era desnecessário porque o fundo é do próprio FGTS, mas para não pairar dúvida, nós vamos fazer. O que vai resultar é que vai ficar mais caro para o próprio Fundo", disse.

A Caixa Econômica Federal irá cobrar para dar garantia de rendimento mínimo de TR + 3% ao ano para os recursos do FGTS que serão direcionados para obras de infra-estrutura por meio de um fundo de investimentos, que será regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O valor inicial é de R$ 5 bilhões.

Balanço

A redução da taxa básica de juros da economia deverá afetar negativamente o lucro da Caixa Econômica Federal neste ano. Isso porque parte das receitas da instituição é decorrente das operações feitas com títulos públicos. Com a Selic em queda, essa remuneração irá cair. O lucro esperado é de R$ 1,8 bilhão, contra R$ 2,39 bilhões neste ano – o maior já registrado pelo banco federal.

"A projeção de lucro cai bastante em função da queda da Selic", disse João Dornelles, vice-presidente de Controladoria da instituição. A Selic está em 13% ao ano e a Caixa prevê que a taxa média em 2007 será de 12,1%.

Para compensar em parte essa perda de receitas a Caixa irá comprar mais títulos públicos, cerca de R$ 10 bilhões deverão se somar aos R$ 104,628 bilhões que estão na carteira do banco.

No ano passado, as receitas de intermediação financeira somaram R$ 27,980 bilhões, 42% desse valor foi decorrente dos títulos públicos em poder da Caixa.

Outro fator que irá contribuir para a queda do lucro da instituição nesse ano, e que já foi registrado no ano passado, é o aumento das despesas com salários. No ano passado eles subiram 11,8%, para R$ 6,244 bilhões.

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