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Desde segunda-feira, a maioria dos estabelecimentos da capital baixou a gasolina em 8% e o álcool em 6%, em média. Dirigentes do setor acreditam ser possível que o preço caia ainda mais ao longo da semana. Ontem, os preços na cidade estavam entre R$ 1,35 e R$ 1,69 o litro do álcool e R$ 2,23 e R$ 2,59 o da gasolina. A maior parte dos postos, no entanto, vendia a gasolina a R$ 2,299 e o álcool a R$ 1,47. No levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), os valores eram de R$ 2,49 e R$ 1,57 na semana passada.

Para o sindicato que reúne os postos (Sindicombustíveis), o motivo é o excesso de produto nas distribuidoras (de quem os postos compram). "Curitiba ‘perde’ 100 mil veículos em janeiro. Como as vendas estão 40% menores, tanto o distribuidor quanto os postos querem se livrar das sobras até o fim do mês", explica o presidente do sindicato, Roberto Fregonese.

"Hoje não existe média de preço. Vi cair muito mais", diz. Ele lembra que os postos preferem ganhar na quantidade no fim do mês para fechar o balanço com bom fluxo, e elevar preços no início do mês seguinte. Coincidentemente, é a semana em que mais gente abastece, depois de receber o salário. No início deste mês o repasse do aumento do preço das usinas produtoras de álcool levou o preço do combustível a uma média de R$ 1,69 o litro, mas ele não se manteve.

A maior homogeneidade é registrada no preço da gasolina, mas o consumidor não descuida quando vê centavos a mais. "Vi que aqui a gasolina está com preço bom, porque tem outro mais para cima que está a R$ 2,35", diz o metalúrgico Mauri Gabardo. Num posto Ipiranga, o preço variou três vezes em duas semanas, de R$ 2,57 para R$ 2,55, R$ 2,39 e R$ 2,29. Alguns postos da bandeira chegam a vender a gasolina a R$ 2,26 para pagamento no cartão da Ipiranga. "Baixamos há uma hora", disse ontem à tarde o funcionário de um posto na Vila Hauer.

Gerentes de postos deram explicações diferentes da fornecida pelo sindicato da categoria. "Fazemos promoção toda segunda", diz Celso Cardoso, chefe do posto Estrela Cadente, de bandeira Ipiranga, no Centro. "Só compro e vendo à vista", justifica Humberto Ribeiro, operador do posto Fox da Avenida Marechal Floriano, no Parolin, que vende álcool a R$ 1,37 no dinheiro ou cartão de débito.

Para a funcionária de um posto da Shell, "é guerra de preços".

No interior do estado, o preço médio medido pela ANP na semana passada já era de R$ 2,15 o litro da gasolina e de R$ 1,30 o do álcool.

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