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Para o economista-chefe do ABN Amro Asset Management, Hugo Penteado, a queda da inflação e a manutenção dos preços sob controle a médio e longo prazos deve permitir que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduza a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, para 16,5% ao ano. Penteado destaca que a valorização cambial tem permitido a queda da inflação, o que reduz de imediato o preços dos bens de consumo comercializáveis (produtos que possam ser exportados ou importados, como álcool e minério de ferro, por exemplo) e também o custo de importação de máquinas e equipamentos, o que aumenta investimentos e amplia a capacidade de produção do país.

O economista descarta a possibilidade de que o BC aumente o ritmo de corte na taxa de juros, especialmente por conta dos gastos do governo:

_ Sabemos que o controle inflacionário depende tanto da política monetária do Banco Central, quanto da política fiscal exercida pelo Tesouro Nacional. Nos últimos meses observamos um forte aumento dos gastos primários do governo central, que passou de 17,4% do PIB em janeiro de 2005 para 18,5% do PIB em janeiro desse ano. Esse aumento dos gastos públicos tem ocorridobasicamente por expansão dos gastos previdenciários e de custeio e capital, incluindo os gastos sociais, que tendem a gerar rápida expansão do consumo das famílias. Diante dessa política fiscal mais frouxa o Banco Central deve manter o ritmo de redução de juros inalterado, evitando um aumento excessivo do consumo e, consequentemente, descontrole inflacionário.

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