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O conselho da General Motors (GM) recusou uma proposta de fusão feita pelo grupo Fiat Chrysler (FCA), informou nesta terça-feira (9) a diretora-executiva, Mary Barra. O projeto foi apresentado pelo chefe da FCA, Sergio Marchionne, diretamente à Mary Barra.

“Nos últimos anos, temos feito uma fusão com nós mesmos”, afirmou Mary antes da assembléia anual da GM em Detroit. “Temos escala e estamos aproveitando isso. Estamos focados nisso e não em outra estratégia”, acrescentou.

A GM, que pretende produzir 10 milhões de veículos neste ano, concluiu que os próprios planos da empresa para a eficiência de custos e crescimento das vendas pode gerar mais valor do que uma fusão. Barra disse que a montadora já trabalha com a Ford em transmissões e com Honda em células de combustível de hidrogênio, e está aberta a outras oportunidades.

Marchionne, que tem publicamente defendido uma consolidação da indústria automobilística a fim de reduzir os custos de produção, enviou um e-mail há poucos meses com a proposta. Segundo o CEO, bilhões são gastos no desenvolvimento de novos projetos e tecnologias, com crescente pressão sobre a indústria para melhorar as emissões de carbono. Os compradores não estão dispostos a pagar mais por essas melhorias, disse ele, e as empresas poderiam economizar custos de desenvolvimento se cooperassem.

Ele foi responsável pela integração das marcas Fiat e Chrysler, consolidada em outubro de 2014. Desde 2009, as vendas do grupo FCA dobraram nos Estados Unidos, mas continua distante de competidores como GM e Volkswagen.

Investigação

A chefe da GM ainda respondeu a uma reportagem do “Wall Street Journal”, segundo a qual o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a GM por fraude bancária em relação à suspeita de que alguns funcionários da empresa tentaram encobrir um defeito de produção que teria ocasionado mais de 100 mortes. Mary disse que o artigo é baseado em “especulação” e assegurou que a companhia coopera plenamente com o Departamento de Justiça.

A CEO, que assumiu o cargo em janeiro de 2014, passou a maior parte de seu primeiro ano lidando com um recall de 30 milhões de veículos nos Estados Unidos, incluindo 2,6 mil de pequeno porte com ignições defeituosas e que teriam ocasionado ao menos 111 mortes. Marry disse que a crise forçou a empresa a fazer grandes mudanças na engenharia e em seus procedimentos de segurança.

“Fizemos mudanças substanciais no ano passado, e somos uma empresa mais forte e melhor por causa disso”, disse ela, que agora enfrenta outros desafios, incluindo a pressão de Marchionne, o menor crescimento das vendas na China e o fechamento da fábrica na Rússia.

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