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A General Motors (GM) concedeu férias coletivas a partir do próximo domingo para cerca de nove mil empregados de sua fábrica na cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, para adequar sua produção à queda da demanda, informou nesta quarta-feira (10) a Força Sindical.

Os empregados foram comunicados da medida hoje, que era negociada com o Sindicato de Metalúrgicos de Gravataí há algumas semanas para evitar demissões, segundo a Força Sindical, a segunda maior central sindical do país.

As férias se estenderão até 29 de junho e permitirão à GM reduzir a produção de veículos novos diante da falta de compradores, já que há 16 mil unidades paradas nessa unidade, que produz 55 veículos dos modelos Celta, Prisma e Ônix por hora.

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A fábrica da GM em Gravataí, cidade na região metropolitana do Porto Alegre, era a única das três da multinacional no Brasil que não tinha adotado medidas para reduzir a produção.

Nas outras duas fábricas a GM adotou o ‘lay off’, sistema que permite suspender temporariamente o contrato de parte dos empregados com redução de seus salários.

“Por enquanto não houve demissões em Gravataí, mas o clima é de muita preocupação. A empresa espera uma recuperação só a partir de dezembro e a incerteza dos trabalhadores (com possíveis demissões) é total”, afirmou o tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Gualberto Cetrullo.

Cenário negativo

Segundo dados divulgados esta semana pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (Anfavea), a forte queda das vendas de automóveis no Brasil obrigou os fabricantes a demitirem funcionários, conceder férias coletivas ou licenças para reduzir a produção.

De acordo com a Anfaeva, o setor automotivo empregava em maio 138.200 pessoas, contração de 1% em relação a abril e de 9,2% em comparação com maio de 2014. Além disso, outros 25 mil funcionários do setor estavam em maio de férias, de licença ou com o contrato provisoriamente suspenso.

“Temos, sem dúvida alguma, um excedente de pessoas em nossas fábricas. O nível de emprego é equivalente a 2010 e 2011, enquanto o nível de produção é de 2006 e 2007”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

O Brasil produziu 210.086 veículos em maio deste ano, redução de 25,3% comparado com maio do ano passado, e no acumulado dos primeiros cinco meses de 2015 fabricou um milhão de unidades, número 19,1% inferior ao do mesmo período de 2014.

A queda da produção é reflexo da diminuição das vendas e das dificuldades econômicas que o país atravessa.

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