Gol quer compensação financeira da Boeing por manter aviões no chão
- São Paulo
- [06/11/2019] [21:19]
- Atualizado em [08/11/2019] às [13:18]

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- Atualizado em [08/11/2019] às [13:18]
A Gol espera algum tipo de compensação financeira da Boeing após ter de suspender as operações com sete 737 Max 8, a espinha dorsal do processo de modernização e expansão da maior empresa aérea brasileira em share no mercado doméstico. A declaração foi feito pelo presidente da empresa, Paulo Kakinoff, durante workshop para jornalistas em São Paulo.
A expectativa do executivo está baseada no bom relacionamento que a Gol mantém com a fabricante americana de aviões. A empresa aérea tem uma encomenda de 135 Boeings 737 Max para serem entregues até 2028. “Temos ansiedade para que os aviões voltem a voar o quanto antes”, diz Kakinoff.
Os voos com o Max 8, usado principalmente em rotas internacionais, foram suspensos em março, após o modelo registrar dois acidentes, logo após a decolagem, em cinco meses. Um deles foi na Indonésia, com um avião da Lion Air, e outro na Etiópia, com uma aeronave da Ethiopian Airlines. Juntos, causaram 346 mortes.
A empresa aérea brasileira foi uma das primeiras do mundo a suspender os voos com o Max 8, antes mesmo da solicitação da Boeing e da decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Os aviões estão em processo de recertificação por parte dos órgãos reguladores norte-americano e europeu. “Tecnicamente, os processos de aprimoramento desenvolvidos pela Boeing colocam o 737 Max entre os modelos mais seguros do mundo. Nunca um modelo foi tão escrutinado quanto este.”
O diretor de segurança operacional da Gol, Danilo Andrade, enfatiza que nos poucos meses em que o modelo esteve em operação não foram registrados problemas. Foram cerca de 14 mil horas em 3 mil voos. “O Max é mais seguro do que os NG (seus antecessores).”
Um dos argumentos que reforçam a confiabilidade do modelo, de acordo com Andrade, é a capacidade de monitoramento dos parâmetros de voo. Nos 737 NG, que constituem a base atual da frota, são monitorados 1.500 parâmetros de voo. No 737 Max, esse número salta para 4 mil, em períodos que variam de um a 15 segundos.
Alternativas da Gol para a temporada
A empresa não espera contar com a volta dos aviões para a alta temporada, que começa em dezembro. A frota vai ser reforçada com 737 NG que estão vindo da Europa. Um dos fornecedores é a empresa aérea Transavia, pertencente ao grupo Air France-KLM, que, na semana passada, reforçou sua parceria com a Gol por mais cinco anos.
Atualmente, a empresa tem 137 aeronaves em sua frota, dos quais 130 são 737 NGs, dos modelos 700 e 800. São 60 destinos nacionais e 16 internacionais atendidos.
*O jornalista viajou a convite da Gol Linhas Aéreas.
Comentários [ 5 ]
André R.
± 5 horas
Viva os CEOS arrojados, intrépidos, que rompem paradigmas ! Infantis, fantasiosos, não quiseram ouvir os velhos projetistas, jogaram fora know-how, o precioso capital humano, desrespeitaram a engenharia, e voilá : um avião mutante com endeusada eletronica, que não opera milagres físicos.
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JP
± 5 horas
Está para acontecer o inimaginável: estatização da Boeing! O gov americano não pode deixar a empresa falir (já faliu) pelos interesses militares e aeroespaciais. A saída será o monstrengo da estatização. O 737 Max é um problema técnico e de imagem muito maior que o revelado. É um Frankenstein de aerodinâmica extremamente comprometida. Para piorar os Neo 700 e 800 estão apresentando fissuras estruturais e a própria Gol já as identificou e estaleirou mais um avião.... a coisa está muito feia!
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Carlos Eduardo
± 44 minutos
Isso parece a reprodução de um artigo de um conselheiro de investimentos chamado Ivan Santana ou algo próximo, que fala que a Boeing irá falir. Na verdade, é uma irresponsabilidade pois empresas com ações negociadas em bolsa como a Embraer e a própria Gol podem sofrer variações artificiais, com muito ganho de dinheiro para quem souber aproveitar o boato. Hipoteticamente pode até vir a ser crime contra a sistema financeiro.
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Flavio Teixeira
± 6 horas
Nem me preocupo. Já sei quem vai pagar a conta, como sempre...
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Zé Costa.
± 12 horas
A Boeing achou que o nome era suficiente para resolver o problema, e deu-se mal . O CEO da Boeing achou que era só gritar um pouquinho e estaria tudo resolvido, a FAA levou à sério, como sempre faz e não aceitou . E o avião teve que ser recertificado. O problema não foi arrumado fisicamente e sim pelo programa de com****ção o que a FAA pôs em dúvida. E isso vai longe ainda pois além das aeronaves paradas, o estoque na fábrica está saindo pelo ladrão e a saída simples está cada vez mais complicada . A Boieng aguenta ,pois tem outras produções principalmente militares ,mas o baque vai ser muito grande com as indenizações.
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