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As empresas Fannie Mae e Freddie Mac estão no centro do plano para salvar o setor imobiliário americano. Pela proposta, o Departamento do Tesouro vai ampliar seu compromisso de financiamento com as agências de US$ 100 bilhões para US$ 200 bilhões em cada uma e aumentar o tamanho de sua carteira de hipotecas em US$ 50 bilhões, para US$ 900 bilhões, medidas destinadas a mostrar aos mercados financeiros que o governo está apoiando firmemente as empresas.

O governo disse que as agências não serão expostas a novas perdas como resultado do plano. "Nós vamos trabalhar com a Fannie e a Freddie em outras estratégias para impulsionar o mercado de hipotecas, tais como trabalhar com agências de financiamento de moradia estatal para aumentar sua liquidez", disse o presidente Barack Obama.

Ele afirmou também que qualquer firma financeira que receba, ou espere receber, ajuda financeira do contribuinte por meio do Programa de Alívio a Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), de US$ 700 bilhões, terá de concordar em modificar sua carteira de crédito de acordo com as diretrizes estabelecidas pela proposta para o setor de moradia.

Em meio aos temores de que o dinheiro do contribuinte possa ser usado para socorrer proprietários de residências que deram o passo maior do que a perna, Obama traçou um quadro sombrio da crise do setor de moradia, afirmando que os problemas atingem mais do que as regiões afetadas pela execução de hipotecas. "Companhias em sua comunidade que dependem do mercado de moradia – empresas do setor de construção e lojas de móveis, pintores e paisagistas – estão todas reduzindo a atividade e demitindo pessoas", afirmou Obama.

O plano, como o pacote de estímulo de US$ 787 bilhões assinado por Obama na terça-feira, deve desencadear uma guerra entre os partidos políticos. O líder dos republicanos da Câmara, John Boehner (Ohio), enviou uma carta a Obama perguntando, por exemplo, como o governo evitará que os mutuários que receberão ajuda não voltem a atrasar os pagamentos – o que pode aumentar o risco do setor.

O discurso de Obama deve ser o início de uma ampla campanha de convencimento do público. Representantes do governo disseram a membros do Congresso que a Casa Branca está estudando usar "celebridades bem conhecidas" para "vender" o plano, segundo uma pessoa presente quando a ideia foi discutida.

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