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Em dezembro, Macri eliminou algumas regulações econômicas mal vistas pelos mercados e liberou o câmbio | Casa Rosada/Fotos Públicas
Em dezembro, Macri eliminou algumas regulações econômicas mal vistas pelos mercados e liberou o câmbio| Foto: Casa Rosada/Fotos Públicas

O governo da Argentina pretende reduzir a inflação a um nível entre 20% e 25% ao ano em 2016, a partir de 30% registrado em 2015, afirmou o ministro da Fazenda em entrevista à agência de notícias DyN. Junto à falta de divisas, a inflação alta é um dos principais problemas que deve enfrentar o presidente Mauricio Macri para impulsionar a economia estancada há anos.

“Estou preocupado com a inflação (...) queremos que, ao longo do mandato (de Macri) possamos levá-la a um dígito”, apontou o ministro Alfonso Prat-Gay na entrevista. “Começamos perto de 30%, que é como vai encerrar o ano (2015), e em 2016 apontamos entre 20% e 25%”.

Em dezembro, Macri eliminou algumas regulações econômicas mal vistas pelos mercados e liberou o câmbio, cujas operações estavam restringidas nos últimos anos da gestão da ex-presidente Cristina Kirchner.

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Exportações agrícolas

As exportações agrícolas da Argentina aumentaram US$ 2 bilhões nas últimas três semanas de 2015 após a suspensão de restrições econômicas de Macri, segundo o grupo exportador Ciara-Cec, de acordo com a Bloomberg.

Os fazendeiros venderam US$ 752 milhões em grãos e sementes nos últimos três dias do ano passado, chegando ao resultado total do ano de US$ 20 bilhões, o que representa queda de 17% frente a 2014. As vendas nos últimos dias foram quase o dobro da quantidade de grãos e sementes enviada para o exterior no mês de novembro inteiro.

A exportação de grãos se tornou mais lucrativa para fazendeiros após Macri eliminar a maioria dos impostos sobre produtos agrícolas e suspender controles cambiais vigentes há quatro anos, o que levou a maior desvalorização em um dia nos últimos 14 anos em 17 de dezembro. As restrições a exportação foram implementadas na gestão Kirchner na tentativa de fomentar a receita do governo e garantir a oferta doméstica.

A acumulação das colheitas ajudou a secar as reservas do Banco Central do país, que chegaram a mínima em nove anos no mês de novembro. Um terço das exportações argentinas vem de grãos e sementes oleaginosas. Agricultores têm se agarrado a cerca de US$ 11,4 bilhões de grãos de soja, segundo comunicado de Ricardo Echergaray, ex-chefe da agência tributária em 1º de dezembro.

A Argentina, maior exportadora do mundo de óleo de soja e derivados, colheu a safra recorde de soja de 61,4 milhões de toneladas métricas no ano passado, segundo dados compilados pelo Ministério da Agricultura. A produção de milho, segunda maior exportação do país, somou 33,8 milhões de toneladas no ano passado.

As exportações do país caíram chegaram à mínima em seis anos em 2015. O recorde anual da exportação agrícola da Argentina foi US$ 25,1 bilhões em 2011.

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