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Os novos preços mínimos de garantia para o trigo foram estabelecidos nesta quinta-feira (26) pelo Conselho Monetário Nacional. Como já havia sido adiantado pela Agência Brasil no dia 9 de março, o preço mínimo do trigo "pão" para a safra de inverno 2009 passará de R$ 480 para R$ 530 a tonelada, um acréscimo de 10,42%. Quando o preço de mercado fica abaixo no mínimo, o governo intervém, adquirindo parte da produção, para garantir a renda do agricultor.

Os limites de crédito para operações de custeio da safra de trigo também foram ampliados. Eles passarão de R$ 550 mil para R$ 600 mil por produtor para lavouras irrigadas e de R$ 400 mil para R$ 450 mil para as não irrigadas.

Para desestimular o plantio do trigo "brando", considerado de pior qualidade e plantado principalmente no Rio Grande do Sul, o governo fará, para esse tipo do produto, um reajuste de apenas 5,54%, aumentando o preço mínimo de R$ 417,83 para R$ 441 a tonelada. Apesar de ser mais barato, esse trigo é escolhido por muitos produtores por ter uma produtividade maior.

Os preços mínimos do trigo tipo "melhorador" e "durum" terão um reajuste de 15,63%, passando de R$ 480 para R$ 555 a tonelada. Em nota, o Ministério da Fazenda disse que a decisão "tem como objetivo incentivar o plantio desse produto, que tem melhor qualidade que os demais". O ministério também garante que as medidas não acarretam impacto adicional sobre as contas públicas, pois seus efeitos foram contemplados no Plano Safra 2008/2009.

O Brasil é dependente de importações do trigo de melhor qualidade, usado na fabricação de pães, e desde o ano passado tem dificuldades na compra do produto da Argentina, principal fornecedor ao país, que teve grandes problemas com a estiagem e reduziu sua produção em cerca de 40%. Além do trigo, também foram reajustados os preços mínimos de garantia de outras culturas de inverno: aveia (10,10%), cevada (10,22%), sementes de trigo (10%), cevada (9,62%), canola (28%), girassol (37,47%) e sementes de girassol (37,21%).

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