No dia em que a presidente Dilma Rousseff vetou um reajuste de 6 5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o ministro da Secretaria de Relações Institucionais Pepe Vargas (PT) afirmou que o governo deve enviar ao Congresso nos próximos dias uma Medida Provisória propondo uma correção menor, de 4,5%.
"O espaço fiscal que temos hoje é de (um reajuste de) 4,5%", afirmou Vargas nesta terça-feira (20), durante café da manhã com jornalistas setoristas do Palácio do Planalto.
A atualização das faixas do Imposto de Renda se transformou num impasse desde que Dilma anunciou, no último Dia do Trabalho, que encaminharia ao Legislativo uma proposta de reajuste de 4,5%. Uma briga em torno de uma emenda do senador Aécio Neves (PSDB-MG) impediu que a MP fosse aprovada e ela perdeu a validade.
No apagar das luzes de 2014, uma manobra da oposição conseguiu inserir em outra Medida Provisória uma correção de 6 5%, derrotando o governo e forçando o veto de Dilma.
Na ocasião, o próprio PT da Câmara, insatisfeito com a pouca interlocução com o Planalto, se rebelou e votou pela aprovação do reajuste maior.
CPMF
Pepe Vargas, responsável pela articulação do Palácio do Planalto com o Congresso, também disse que a recriação da CPMF - uma contribuição para o financiamento da saúde - não deve ser encampada pelo governo.
"Esse debate não está posto no governo até o presente momento", disse. Segundo ele, o pacote de aumento de impostos anunciado na segunda-feira (19), pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é o que está no radar do governo atualmente sobre questões tributárias.
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