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Apesar de trabalhar com um resultado ligeiramente positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, o governo brasileiro, antecipando-se a críticas da oposição, já preparou o discurso para se defender caso o resultado do ano feche negativo.

Os técnicos do Ministério da Fazenda admitem a possibilidade de um PIB negativo para 2009, mas ressaltam que, mesmo assim, o desempenho do Brasil deverá ser um dos melhores do G-20, o grupo dos países mais ricos mais os principais emergentes.

Esses técnicos também reforçam o discurso com argumentos como o de que o governo salvou a economia de um resultado muito pior, por meio das políticas anticíclicas adotadas rapidamente logo após a crise financeira internacional. Entre elas, citam a redução da meta de superávit primário das contas do setor público e as desonerações tributárias.

A equipe econômica entende que os números que serão divulgados em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrarão, ainda, que o último trimestre do ano passado, apesar do forte desempenho, não evidenciará um cenário de superaquecimento da economia. Indicadores como a arrecadação da Receita Federal mostram crescimento, mas em ritmo mais moderado.

Para que o PIB fechado em 2009 seja positivo, o crescimento do último trimestre terá que ter ficado acima de 5% ante o deprimido quarto trimestre de 2008. Se o resultado do ano passado for negativo, será a primeiro desde 1992, ano do impeachment do então presidente Fernando Collor.

A avaliação no governo é a de que a montagem desse discurso em defesa dos resultados da economia após um ano de crise é necessário para fazer frente ao seu uso político, durante o processo da campanha eleitoral. O que importa, de fato, ao governo, neste momento, é a continuidade de um ritmo forte da economia este ano, porque cria novos empregos, eleva a renda das famílias e amplia os investimentos. Um ambiente econômico favorável é considerado peça-chave na decisão de votos dos eleitores.

O governo deve adicionar a essa discussão o fato de que deixou o País preparado para enfrentar, com muito menos prejuízos do que ocorreria no passado, a pior crise mundial em 80 anos. Isso só foi possível porque, nos anos que precederam a crise, foi feito um ajuste fiscal - que reduziu a dívida pública líquida - e reforçada as reservas internacionais brasileiras. A projeção oficial do Ministério da Fazenda é de que o Brasil em 2009 teve um crescimento de 0,1%

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