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Homem passa em frente ao Banco da Grécia: corrida contra o tempo para permanecer no euro. | Simela Pantzazrtzi/EFE
Homem passa em frente ao Banco da Grécia: corrida contra o tempo para permanecer no euro.| Foto: Simela Pantzazrtzi/EFE

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apresentou propostas neste domingo (21) para um acordo financeiro em conversa telefônica com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

“O primeiro-ministro apresentou a proposta da Grécia para os três líderes, em um acordo mutuamente benéfico para dar uma solução definitiva e não adiar a resolução do problema”, disse em comunicado o gabinete de Tsipras.

O chamado ocorre antes de uma reunião de cúpula de emergência de líderes da zona do euro na segunda-feira para tentar evitar um “default” (calote) da Grécia, enquanto as negociações entre Atenas e seus credores internacionais sobre um acordo para a dívida permanecem estagnadas.

Depois de meses de disputas e depositantes preocupados tirando bilhões de euros dos bancos gregos, o governo esquerdista de Tsipras sinalizou com disposição para fazer concessões a fim de desbloquear 7,2 bilhões de euros de um pacote de resgate.

Mas um dia antes da reunião de cúpula europeia em Bruxelas, ainda não está claro o quão longe irá Tsipras, eleito em janeiro com a promessa de dar uma alternativa a sua população, após de anos de austeridade.

Proposta

A Grécia apresentou uma nova proposta fiscal aos seus credores internacionais em Bruxelas neste domingo, em um último esforço para evitar um confronto com os demais países da zona do euro. O governo grego aprovou uma proposta de pacote de ajustes com o objetivo de alcançar a meta fiscal que os credores exigem, ao mesmo tempo em que poupa os pensionistas gregos dos cortes na escala exigida anteriormente.

A nova proposta tem como base uma combinação de redução das exceções nos sistemas de tributação e de seguridade social, elevação dos impostos sobre lucros de empresas e sobre a renda da classe média e o controle de gastos, incluindo a restrição da aposentadoria antecipada. Dessa forma, o governo pretende reduzir os gastos com pensões a cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto, em vez de 1% do PIB, o que era exigido pelos credores. Isso, no entanto, deve ser compensado com as outras propostas. As medidas adicionais, como a elevação da carga tributária, devem permitir à Grécia impor um aumento menor que o desejado pelos credores nas contas de eletricidade, um ponto sensível para o partido do governo Syriza.

Ainda não está claro, entretanto, se a proposta grega será suficiente para satisfazer o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, que supervisionam o programa de resgate e que nas últimas semanas fizeram reclamações ao governo do país, alegando que as propostas da Grécia não eram suficientes.

O veredito das instituições quanto a nova proposta poderia determinar se as reuniões entre os ministros de finanças da zona do euro e os chefes de governo irão considerar uma extensão do programa de resgate, após quatro meses de paralisação e tensões.

Se a proposta não receber a aprovação dos credores, os ministros das finanças e líderes de países europeus, em reunião de emergência na segunda-feira, devem discutir como lidar com o default da Grécia e o controle de capitais.

O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras informou a chanceler alemã, Angela Merkel e o presidente da França, François Hollande, da proposta por telefone, enquanto dois representantes do governo da Grécia, Nikos Pappas e Euclid Tsakalotos, se dirigiam à Bruxelas para apresentar o pacote às instituições que supervisionam o resgate.

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