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Bloqueio na BR-116 na tarde de ontem: Justiça  mandou liberar trechos federais, mas protestos continuam. | Gerson Kaina/Tribuna do Parana
Bloqueio na BR-116 na tarde de ontem: Justiça mandou liberar trechos federais, mas protestos continuam.| Foto: Gerson Kaina/Tribuna do Parana

A tentativa de negociação entre o governo empresários e caminhoneiros na tarde de quarta-feira não foi suficiente para acabar com os protestos e interdições em rodo vias estaduais. Os bloqueios em estradas federais e estaduais seguem nesta quinta-feira (25) em pelo menos seis estados. No Paraná, são 59 trechos interditados nesta quinta, sendo 40 em estradas estaduais e outros 19 em trechos federais, segundo boletins divulgados no meio da tarde.

Veja quais rodovias têm bloqueios no estado


Rodovias estaduais

PR 323 Km 036 – Sertanópolis

PR 466 Km 100 – Jardim Alegre

PR 444 Km 08 – Arapongas

PR 170 Km 26 – Florestópolis

PR 445 Km 80 - Cambé

PR 160 Km 053 - Cornélio

PR 182 Km 320 – Toledo

PR 491 Km 001 – Marechal Cândido Rondon

PR 239 Km 539 – Nova Aurora

PR 317 Km 047 – Santa Fé

PR 218 Km 254 – Astorga

PR 558 Km 004 – Campo Mourão

PR 323 Km 163 – Paiçandu

PR 323 Km 303 – Umuarama

PR 317 Km 055 – Santa Fé

PR 458 Km 000 – Flórida

PR 180 Km 203 – Goioerê

PR 463 Km 002 – Nova Esperança

PR 180 Km 205 – Goioerê

PR 479 Km 86 - Moreira Sales

PR 323 Km 311 - Umuarama

PR 170 Km 381 – Guarapuava

PRC 487 Km 295 – Manoel Ribas

PRC 466 Km 179 – Pitanga

PRC 466 Km 245 – Guarapuava

PR 182 Km 481 – Ampére

PR 281 Km 467 – Chopinzinho

PR 182 Km 459 – Realeza

PRC 158 Km 528 – Vitorino

PR 566 Km 012 – Itapejara

PRC 280 Km 175 – Clevelândia

PR 281 Km 542 – Dois Vizinhos

PRC 280 Km 194 – Mariópolis

PRC 280 Km 255 – Marmeleiro

PR 471 Km 222 - Nova Prata do Iguaçu

PR 562 Km 085 - São João

PR 483 Km 001 – Francisco Beltrão

PR 281 Km 255 – Chopinzinho

PRC 280 Km 134 – Palmas

PRC 180 Km 465 – Francisco Beltrão

Rodovias federais

BR-158 Km 204 - Peabiru

BR-163 Km 32 - Santo Antônio Do Sudoeste

BR-163 Km 64 - Pérola D’oeste

BR-272 Km 364 - Campo Mourão

BR-277 Km 584 - Cascavel

BR-277 Km 455 - Laranjeiras do Sul

BR-369 Km 500 – Corbélia

BR-369 Km 397 - Mamborê

BR-373 Km 478 - Coronel Vivida

BR-376 Km 137 - Nova Esperança

BR-376 Km 245 - Apucarana

BR-376 Km 187 - Marialva

BR-376 Km 353 - Ortigueira

BR-376 Km 158 - Mandaguaçu

BR-376 Km 131 - Paranavaí

BR-467 Km 76 - Toledo

BR-476 Km 361 - União Da Vitória

BR-487 Km 197 - Campo Mourão

BR-487 Km 189 - Campo Mourão

Os protestos ocorrem apesar da determinação da Justiça que proibiu o bloqueio de estradas federais em cinco cidades do Paraná: Curitiba, Londrina, Guarapuava, Toledo e Foz do Iguaçu. Em Londrina, os bloqueios em trechos federais foram encerrados na noite de quarta-feira (25). A cidade vinha sofrendo com a falta de combustível e escassez de alimentos em supermercados.

Estaduais

Na quarta-feira (25), pelo menos 14 trechos de estradas estaduais da Região Sudoeste haviam sido liberados, amenizando o problema de desabastecimento de combustíveis e suprimentos em cidades da região com Pato Branco, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, bastante afetadas pela paralisação dos caminhoneiros. Na manhã desta quinta-feira, esses trechos voltaram a ser fechados pelos manifestantes.

Em duas rodovias da região, a PRC 280, no km 175, e a PR 281, no km 542, os bloqueios são para todos os veículos. Na maior parte dos outros trechos, os manifestantes permitem a passagem de carros, ônibus e ambulâncias.

Segundo a Associação Paranaense de Supermercados (Apras), as regiões que sofriam mais risco de desabastecimento eram as de Pato Branco, Francisco Beltrão, Maringá, Londrina, Cascavel, Toledo e Irati. O estoque previsto de produtos perecíveis disponíveis nessas regiões é o suficiente para mais cinco dias, informou a Apras.

Divisão

Em todo o país, há, nesta quinta-feira (26), 93 bloqueios ativos em rodovias federais nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará. Os representantes dos caminhoneiros saíram divididos da reunião de quarta-feira com o governo. Alguns deles devem pedir o desbloqueio das rodovias, mas essa posição não é unanimidade.

O governo prometeu sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões. Também será criada uma tabela referencial de frete por meio de negociação entre empresários e caminhoneiros, que pediram a mediação do governo para isso. Além disso, a Petrobras garantiu seis meses sem aumento do diesel.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) disse que considera que houve avanços históricos em pontos das reivindicações e que está levando a proposta via rádio aos caminhoneiros para que eles decidam se desbloquearão as estradas ou não.

A orientação é que os caminhoneiros acabem com os bloqueios para avançar nas negociações com o governo antes da próxima rodada de negociação, que ocorrerá em 10 de março, para discutir os pontos que não foram atendidos. Apesar de ter avaliado positivamente a proposta do governo, a CNTA não garantiu que os bloqueios vão acabar, uma vez que o movimento foi iniciado de forma autônoma e espontânea pelos caminhoneiros.

Sem acordo

Já Ivar Luiz Schmidt, líder do movimento Comando Nacional do Transporte, disse que não aceitava os termos do acordo. Schmidt disse que seu movimento “não aceitou nenhum dos termos que o governo propôs”. “Nós continuamos o movimento”, disse ele, afirmando ter o comando de pelo menos 100 pontos de bloqueio em rodovias federais e estaduais. Ele disse que aguarda um novo contato com o governo para tentar retomar as conversas. Schmidt não participou na quarta-feira da reunião entre governo, empresários e representantes dos caminhoneiros.

O governo, por seu lado, disse que as propostas serão efetivadas somente com o fim dos bloqueios. “Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que forem liberadas as estradas, disse o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues.

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