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A greve na mina chilena Escondida, a maior de cobre do mundo, entrou no terceiro dia neste domingo (24) sem sinal de acordo para por fim à paralisação. Sindicatos já ameaçam estender o protesto para outras minas do país.

O sindicalista Roberto Arriagada, que representa os trabalhadores de Escondida, disse que a controladora da mina BHP Billiton recusou-se a retomar conversas para ampliar o bônus dos empregados. Ele classificou a decisão da empresa de "um grave erro que pode levar a protestos nacionais".

Líderes representando cerca de 27 mil trabalhadores da estatal Codelco e de minas privadas ameaçaram no domingo iniciar manifestações no âmbito nacional em apoio aos grevistas de Escondida.

"Se alguém for demitido (em Escondida), vamos agir como se fôssemos um só", disse o chefe da federação dos trabalhadores da Codelco, Raimundo Espinoza.

As leis trabalhistas do Chile permitem demissões de empregados que cruzam os braços fora da época da negociação dos contratos trabalhistas.

A mina Escondida estabeleceu um contrato de 44 meses com os trabalhadores em 2009.

A situação na mina Escondida também poderia danificar a imagem do Chile perante a investidores estrangeiros. O país é considerado como um dos destinos mais estáveis para investimentos.

Uma greve geral dos trabalhadores da Codelco em 11 de julho para protestar contra reformas na companhia --na primeira paralisação nacional em perto de 20 anos-- despertou o anseio de outros empregados de mineradoras no Chile por melhores salários, diante dos preços do cobre perto do recorde de alta.

Os trabalhadores de Escondida reivindicam um bônus de 11 mil dólares relacionado ao lucro da BHP, o que compensaria uma queda na remuneração anual dos empregados da mina pelo menor volume produzido.

Líderes sindicais afirmaram que as operações na mina Escondida e em seu principal porto de exportação Coloso estão completamente paradas desde que a greve começou, na última quinta-feira.

Representantes da BHP não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

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