O Grupo Positivo fechou por R$ 1,65 bilhão a venda do sistema de educação Positivo para a Arco Educação, que surgiu no Ceará em 2006. O negócio, que atende a 650 mil alunos e tem 3 mil escolas conveniadas em todo o Brasil, depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa é de que os trâmites estejam concluídos em seis meses.
Segundo o acordo, 50% do pagamento será feita no fechamento do negócio e a metade restante em cinco anos. Não haverá pagamentos em 2020, 10% serão quitados em 2021 e 2022 e 15% em 2023 e 2024. Os valores estão sujeitos a correção pelo CDI.
O negócio, assinado na manhã desta terça, não envolve o sistema de ensino Aprende Brasil, as escolas de ensino básico, médio ou superior do Positivo, nem as demais empresas ou áreas do grupo.
Com a aquisição do Positivo, a Arco Educação vai ganhar em escala e passará a atender a 4,8 mil escolas e mais de 1,2 milhão de estudantes. No ano passado, a Arco - que é listada na Nasdaq, em Nova York - teve um faturamento líquido de R$ 381 milhões, 56% a mais do que em 2017. E uma geração de caixa de R$ 142 milhões, 55,87% a mais do que no ano anterior.
“O Sistema Positivo é uma das mais tradicionais marcas da educação brasileira, com 40 anos de atuação pautada na qualidade e seriedade. Para nós, é uma honra ter a possibilidade de dar continuidade a este trabalho”, diz o CEO da Arco Educação, Ari de Sá Neto.
O acordo também envolve o fornecimento de material didático para as escolas do Grupo Positivo. “Vamos ter uma sinergia de longo prazo com a Arco”, diz Lucas Guimarães, vice-presidente do grupo.
Os planos para o futuro do Grupo Positivo já estão delineados, diz Guimarães. “O foco é nos concentrarmos nas atividades que deram origem ao grupo há mais de 40 anos: as atividades de ensino.”
O grupo está de olho em novas oportunidades de negócios na educação. Aquisições não são descartadas. Sondagens já foram feitas em várias regiões. Mas Guimarães não adiantou detalhes. “Há negócios em vista”, resumiu.
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