O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ajuda à secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, para socorrer a economia da Argentina, em uma reunião bilateral do G7 nesta quinta (11) em Niigata, no Japão.
O pedido ocorre pouco mais de uma semana depois do presidente argentino Alberto Fernández se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, em busca de uma solução para as finanças do país. A economia da Argentina está em um acelerado processo de deterioração, com a inflação anual em torno de 104% e uma escalada de desvalorização do peso frente ao dólar.
Haddad disse que a Argentina é “muito importante no mundo e particularmente na América do Sul”, e que a solução para ajudar a economia do país passa pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em que uma participação do Brasil e dos Estados Unidos pode “facilitar muito as coisas para o país superar essa crise”.
“Ela [Janet Yellen] se comprometeu a analisar as considerações que eu trouxe”, disse. O ministro completou, ainda, dizendo que o Brasil “se vê preocupado com a integração das Américas”.
Haddad disse, também, que um dos motivos para a viagem de Lula ao Japão para participar da cúpula do G7, na próxima semana, nos dias 20 e 21, é para falar sobre a Argentina, que ele classifica como “fundamental”. “O presidente Lula tem a convicção de que a solução passa pelo FMI”, completou.
A participação do Brasil na reunião das sete maiores economias do mundo será em caráter de "convite", e será a sétima a ocorrer. Os outros seis convites ocorreram entre os anos de 2003 e 2009.
Entre os temas que devem ser discutidos durante a reunião, além da ajuda do FMI à Argentina, estão a guerra da Rússia contra a Ucrânia, segurança alimentar, economia global e mudanças climáticas.
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