
Se alguns dos mais pujantes setores produtivos no Brasil fecharam o ano em baixa por conta dos reflexos da crise financeira internacional, o turismo doméstico pode estar sendo beneficiado. O dólar caro diminuiu o apetite do brasileiro por viagens internacionais, e ainda torna as viagens de estrangeiros ao Brasil mais baratas. Em Foz do Iguaçu principal termômetro do segmento no estado e segundo destino nacional mais procurado por turistas estrangeiros , a média de ocupação dos hotéis neste réveillon será de 62,4%, contra 59,9% no anterior.
O aumento, mesmo que aparentemente pequeno, é impulsionado em especial pelos turistas estrangeiros e por uma importante parcela de turistas nacionais que preferem se hospedar nos hotéis de categoria mais alta. Pesquisa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), regional Oeste, com 28 estabelecimentos, mostra que os hotéis de cinco estrelas estão com lotação total até o fim da temporada de verão, seguidos pelos de quatro estrelas, com 81,4% das reservas confirmadas.
Nos últimos dois anos, como reação à crise aérea, o trade concentrou esforços para atrair o turista rodoviário aquele que, para não perder as férias e evitar as longas esperas nos aeroportos, optou por viajar de carro, selecionando destinos dentro de um raio de 1,3 mil quilômetros. Para este ano, a aposta está no turista que decidiu planejar a viagem a partir de setembro.
Este é o caso do engenheiro Luiz Carlos River e da esposa Michelle, de Belo Horizonte (MG). "Não queríamos arriscar e resolvemos ficar no Brasil."
O presidente do Sindhotéis, Carlos Silva, explica que quem definiu a viagem antes não mudou o roteiro de férias. Mas aqueles que deixaram para decidir nas últimas semanas estão preferindo ficar no Brasil. "Para os estrangeiros, as vantagens são maiores. Com a moeda forte e a economia brasileira dando sinais de segurança, os preços estão mais atraentes", avalia. Além da boa ocupação, a permanência na cidade também cresce e salta de dois para até cinco dias, o que deve gerar mais de 40 mil diárias até a primeira semana de janeiro.
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