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Produção de grãos

IBGE estima safra 15,5% maior

 | Divulgação/assessoria de imprensa
(Foto: Divulgação/assessoria de imprensa)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou ontem sua previsão sobre a safra 2006/07 com números 2,2% mais otimistas que os divulgados há um mês. A quinta estimativa do ano é de que o aumento da produção de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas) seja de 15,5% em relação à safra 2005/06. O milho e o trigo elevaram as estatísticas, que apontam para a produção de recorde de 135,1 milhões de toneladas, contra 117 milhões de toneladas na safra passada. O maior volume até agora era o de 2003: 123,6 milhões de toneladas de grãos.

Os dados foram colhidos em maio e ainda não apontam as conseqüências das geadas. O Paraná, maior produtor agrícola, teme que a perda no milho passe de 15%. O trigo, por enquanto, não teve grandes perdas, mas a partir de agora, quando entra na fase de espigamento, passa a ser mais sensível ao frio.

Entre os principais produtos agrícolas, o milho é o que apresenta o maior aumento de produção. O IBGE acredita que serão colhidas 16,1 milhões de toneladas na 2.ª safra, 7,5% a mais que o previsto em abril. O salto foi atribuído a uma reavaliação da área plantada em Mato Grosso, que fez as lavouras crescerem 22,6%.

O Paraná também contribui para os números positivos, principalmente no caso do trigo, por concentrar 52,2% da produção. Apesar de a cultura ter disputado espaço com o milho, conseguiu 852 mil hectares no estado (11% a mais que no ano passado). As geadas reduziram a expectativa da colheita em 7,5%, mas ainda assim a produção deve chegar a 2,1 milhão de toneladas (70% superior à de 2006).

As avaliações que vêm do campo mostram que os números ainda podem sofrer alterações. O agrônomo Rudimar Soares conta que na região de Toledo – a que mais produz milho safrinha e trigo no Paraná – o milho teve perda superior a 15% e que só 30% das plantações já escaparam das geadas. Em relação ao trigo, o frio começa a representar risco a partir de agora. "Nós últimos anos tivemos ocorrências até agosto no Sudoeste."

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