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A produção industrial brasileira recuou 0,7% em novembro sobre outubro, num resultado inesperado que mostrou desempenho pífio em todas as categorias e destaca a fraqueza da economia no último trimestre do ano.

Na comparação com um ano antes, a produção despencou 5,8% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8), nono resultado negativo seguido e queda mais forte desde junho -- quando ela foi de 6,9%.

Com isso, o setor acumula em 12 meses recuo de 3,2%, o mais acentuado desde janeiro de 2010 (-4,8%).

A expectativa de analistas consultados era a de que a produção industrial crescesse 0,5% em novembro sobre outubro, quando a atividade teve alta de 0,1% em dado revisado pelo IBGE. Na comparação anual a expectativa era de queda de 4%.

Setores

Segundo o IBGE, a produção de Bens de Consumo Duráveis recuou 2,1% em novembro sobre o mês anterior, chegando a uma queda de 11% na comparação com um ano antes.

Já os Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis tiveram perda de 1,3% sobre outubro, com queda de 3,1% na base anual.

Somente a produção Bens Intermediários não teve queda no mês, mas ficou estagnada. Na comparação anual, porém, registrou queda de 5,8 por cento.

Dos 24 ramos pesquisados, 11 mostraram queda em novembro sobre outubro, sendo o principal impacto negativo registrado por produtos alimentícios, com recuo de 3,4 por cento.

Suscetível

A indústria tem se mostrado um dos principais pontos de fraqueza da economia brasileira, que não vem conseguindo deslanchar em um ambiente de inflação e juros elevados, encarecendo o custo dos empréstimos.

PIB

A projeção de economistas em pesquisa Focus do Banco Central é de que a produção da indústria encerrou 2014 com contração de 2,49% e crescerá apenas 1,04% em 2015. Para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), as perspectivas são de, respectivamente, de 0,15 e 0,50%.

Buscando recuperar a confiança de agentes econômicos e empresários, a nova equipe econômica -- encabeçada pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini-- vem sinalizando maior rigor fiscal.

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