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A queda nos preços no atacado de produtos químicos, derivados de petróleo, álcool, alimentos e bebidas fez com que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentasse deflação de 0,13% em dezembro. A queda no mês, no entanto, não evitou o acúmulo de 9,81% no ano, representando a maior alta anual desde 2004, quando a inflação subiu 12,41%.

Além dos produtos industriais, avalia o economista da LCA Consultores, Fábio Romão, a evolução dos preços agrícolas no atacado causou surpresa, pois, a despeito da menor intensidade, eles ainda se mantiveram em deflação entre novembro (-0,96%) e dezembro (-0,28%).

Na contramão, os preços ao consumidor não desaceleraram, apresentando taxa próxima à do mês anterior, de 0,58% "O principal responsável por esta manutenção foi o item Transportes que acabou por mitigar os efeitos para baixo oriundos da desaceleração do item Alimentação, com importantes quedas nos preços do feijão carioquinha, óleo de soja e arroz", lamentou Romão.

Além desses itens, a batata inglesa exerceu a maior influência negativa sobre o indicador no ano, ficando 24,13% mais barata em 2008. As demais contribuições de baixa vieram do leite em pó (-9,39%) e alface (-5%).

Na ponta contrária, pesaram sobre a alta do IPC os planos e seguros de saúde (alta de 7,38%), o pão francês (21,58%) e as refeições em restaurante (1,98%). Também aceleraram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,71%), Despesas Diversas (-0,07% para 0,22%), Vestuário (0,53% para 0,58%) e Educação, Leitura e Recreação (0,34% para 0,40%).

Composição

O IGP-M, calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, é dividido em IPA (Índice de Preços por Atacado), que recuou 0,42%, IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que subiu 0,58%, e INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que variou positivamente em 0,22%.

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