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Fernando e Marise com o pequeno Chiquinho: ração especial rica em proteínas | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Fernando e Marise com o pequeno Chiquinho: ração especial rica em proteínas| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Cuidados

Confira como deve ser a dieta para o tratamento da linfagiectasia intestinal

Ração

A única que o animal pode comer é a Digestive Low Fat – rica em proteínas e com baixo índice de gordura. O preço médio de um pacote com 1,5 kg custa R$ 45. O ideal é que ele se alimente apenas com ela, mas se o cão rejeitar, dá para misturar a que vem em latinha, que é úmida e melhora o paladar. Essa custa cerca de R$ 15.

Dieta caseira

Se o cachorro não se adaptar à ração, o dono pode adotar em casa uma dieta à base de proteínas. O ideal é usar uma ou outra e não combiná-las. Os horários de alimentação e a quantidade seguem os hábitos normais do cachorro. A dieta pode ser uma parte de queijo (uma fatia) cottage e duas partes (colheres) de proteínas, que pode ser macarrão sem tempero, batata, peito de peru não defumado ou iogurte natural.

Fonte: Andrea Kanap Lemos, médica veterinária da Clínica Vetsan.

Algumas doenças que atingem os cachorros provocam uma reviravolta também na família. Não apenas porque com o animalzinho doente todo mundo fica preocupado, mas porque dependendo do que ele tiver, são necessárias mu­­danças em seus hábitos, principalmente os alimentares. Esse é o caso de uma doença intestinal chamada linfagiectasia, que é rara e no Brasil atinge principalmente os cães das raças yorkshire terrier e rottweiler.

A linfagectasia faz com que o cachorro não absorva corretamente as proteínas, o que provoca um acúmulo de líquidos no ventre e perda de massa muscular. A médica veterinária da Clínica Vetsan, Andrea Kanap Lemos, conta que um dos primeiros sintomas que o dono pode notar é que o cachorro para de pular e brincar como antes. "Por causa do acúmulo de líquidos ele não consegue se mexer direito. Fora que a barriga fica bem inchada, parece que ele está gestando", explica.

Nem sempre esses sinais indicam que o animal esta com a doença. Por isso os especialistas explicam que é fundamental procurar um veterinário para fazer os exames específicos. "Dependendo do caso, precisamos fazer uma biópsia intestinal para ter certeza", comenta. Andrea diz que a doença não é comum entre os cachorros e que até hoje atendeu apenas dois casos, mas que é preciso ficar atento aos sinais, afinal, a doença é desgastante para os animais e seus donos.

Embora não exista cura, ela pode ser controlada, prolongando a vida do cãozinho. A principal forma é o controle da alimentação, que deve ser feito com ração especial – com baixo teor de gordura – ou com uma dieta caseira específica. "Não há como definir, com exatidão, a expectativa de vida de um bicho com esse problema, mas fica em torno de dois anos. Fazemos um controle para que a doença estabilize por um tempo com a alimentação", explica Andrea.

Para diminuir o líquido que se acumula na barriga, os médicos veterinários colocam um cateter perto da cicatriz umbilical. "Retiramos em média um litro dia sim, dia não. Conforme a doença fica sob controle e o espaçamento entre um procedimento e outro aumenta", diz a veterinária.

Cuidado Especial

Não existem formas de prevenir a doença, mas para os cachorros que já possuem algum tipo de problema de absorção é importante cuidar da alimentação. É o que faz o casal Fernando Cesar Oliveira e Marise Batista, donos do yorkshire Chiquinho, com um ano de idade. Eles alimentam o cachorro com ração especial rica em proteínas desde que o compraram. "É mais cara, mas como ele é pequeno e come pouco, um pacote dura por quase um mês", conta Oliveira.

O animal não pode ingerir outra ração que não seja a especial, sem gordura e rica em proteínas. Porém, ela chega a custar o dobro das outras, existe apenas uma marca no mercado e só é encontrada em clínicas ou petshops.

Mesmo com o tratamento, a linfagiectasia intestinal é uma doença que castiga os cachorrinhos e os donos, que vivem às voltas com a alimentação e idas às clínicas. Além de restringir as refeições, o animal fica fraco – porque perde músculo pela falta de absorção proteica – e muda seu ritmo de vida: brinca menos, fica mais fraco e cansado.

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