A indústria brasileira aproveitou a crise e a retomada do crescimento econômico para ganhar eficiência. No primeiro trimestre de 2010, a produção por hora paga nas fábricas cresceu 15,9% em relação a igual período de 2009. Em relação aos três primeiros meses de 2008, o ganho de produtividade foi de 4,3%.
Aumento de produtividade significa que o custo de produção diminuiu na indústria. Isso permite que o setor absorva melhor aumentos de custo de todos os tipos, inclusive o de salários, além de abrir espaço para queda de preços e aumento da competitividade do produto brasileiro. No entanto, o fôlego extra varia de setor para setor e de empresa para empresa.
Impulsionada pela expansão de 18% na produção industrial, entre o primeiro trimestre de 2009 e o deste ano, a evolução da eficiência nas fábricas veio acompanhada de crescimento de 0,7% no emprego e de 1,8% nas horas pagas. A folha de pagamento cresceu 3,3% acima da inflação do período. Já o custo do trabalho, medido pela relação entre a folha de pagamento real e as horas pagas, subiu 1,5%. A alta de custo foi menor que o ganho proporcionado pelo avanço da produtividade, o que sinaliza que, em média, os aumentos salariais foram concedidos pelas indústrias sem pressões inflacionárias.
As informações constam de um levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi). Para calcular a produtividade, o Iedi usou como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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