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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) irá mudar o cálculo do PIB (Produto Interno Bruto), com o intuito de aproximar as contas nacionais do modelo que é recomendado pelas ONU (Organização das Nações Unidas) e outros órgãos internacionais. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo instituto.

A nova metodologia incorporará no item "indústria" alguns indicadores que faziam parte dos "serviços". Atividades como telecomunicações, informática, serviços cinematográficos e de vídeo e atividades de rádio, televisão e agências de notícias passarão a ser consideradas como indústria e não mais como serviços.

Mesmo assim, a indústria terá peso relativo menor e os serviços participação maior na apuração dos resultados da economia brasileira.

Serviços aumentará cerca de 10 pontos percentuais - de 56,3% para 66,7%. Já a indústria recuará em 8,4 pontos percentuais - sairá de 36,1% para 27,7%.

Entre os setores industrias que mais perderão força nas contas nacionais estão a indústria de transformação (recuo de 4,4 pontos percentuais para 17,2%) e construção civil (queda de 3,2 pontos para 5,5%).

Nos serviços, comércio ( de 7,1% para 10,6%), transporte e armazenagem (2,6% para 4,9%) e intermediação financeira (5,2% para 6%) ganharam mais peso no índice.

Haverá ainda a incorporação de pesquisas do IBGE na apuração das contas nacionais, como as Pesquisas Anuais da Indústria, Comércio, Serviços, e de Construção, reformuladas na segunda metade da década de 1990. O ano-base para a mudança do cálculo será o de 2000.

Crescimento da economia

A nova metodologia irá alterar o percentual de crescimento da economia. O IBGE divulgou hoje o quanto o Brasil teria crescido com as novas regras, entre 2000 e 2005. Segundo informou o instituto, os números do anos seguintes ainda estão sendo calculados.

Em 2000, o PIB teria crescido 4,3% e não 4,4%. Em 2001, não haveria mudança e a economia teria variado 1,3%.

Em 2002, a nova série indicaria um crescimento de 2,7% do PIB, contra 1,9%. No ano seguinte, em 2003, o percentual ficaria em 1,1%, ante 0,5% apurado anteriormente.

No ano de 2004, a séria nova mostra crescimento de 5,7% contra 4,9%. Em 2005, o percentual ficaria em 2,9 frente a 2,3%.

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