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O Brasil precisará de 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico e média qualificação para ocupar vagas na indústria até o ano de 2015, em 177 tipos de ocupações diferentes, de acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2012, divulgado nesta quinta-feira (20) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Do total dessa demanda, 1,1 milhão serão para novas oportunidades no mercado de trabalho, o restante será por qualificação dos que já estão trabalhando.

Segundo o estudo, que foi elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a demanda maior entre as ocupações que precisam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas é na área de alimentos, com necessidade de 174,6 mil cozinheiros industriais entre 2012 e 2015. Para operação de máquinas de costura de peças de vestuário serão 88,6 mil pessoas e para a operação de máquinas pesadas para a construção civil serão 81,7 mil trabalhadores.

Entre as ocupações de nível técnico, a demanda é 88,7 mil técnicos de controle de produção, seguido de técnicos de eletrônica, com 39,9 mil, e técnicos de eletrotécnica, com 27,9 mil.

A necessidade de mão de obra qualificada está mais concentrada na Região Sudeste, que precisa de 4,13 milhões de profissionais (57,6%), seguida pelo Sul com 1,5 milhão (20,9%), Nordeste com 854,5 mil (11,9%), Centro-Oeste com 383,5 mil (5,5%) e Norte com 294,8 mil (4,1%).

De acordo com o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Rafael Lucchesi, os dados indicam que a educação profissional é um caminho positivo para os jovens por propiciar mais oportunidades. "Isso é extremamente importante para o projeto de vida da juventude e das famílias brasileiras, mas é importante para a competitividade da indústria brasileira e do país gerando mais desenvolvimento econômico e riqueza".

Lucchesi ressaltou que a expansão da rede de escolas técnicas federais e estaduais já tem ocorrido para atender a essa demanda, o que serve ainda para balancear a matriz educacional do país. Além disso, muitas das ocupações de nível técnico empregam mais e com salários melhores e mais estabilidade. "Fora isso, o jovem vai ingressar mais cedo no mercado de trabalho e pode, já empregado, continuar estudando e custear seus estudos. A mensagem para a juventude é a de que o curso técnico é uma carreira estável, uma boa aposta. O salário médio inicial é mais de R$ 2 mil, passando por R$ 5 mil e chegando de R$ 8 mil a R$ 15 mil em topo de carreira".

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