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Os preços de energia elevaram o custo de vida na zona do euro em fevereiro enquanto as fábricas mostraram sinais de recuperação, provavelmente arrastadas pela economia estagnada, e diminuindo qualquer senso de alívio de que a crise da dívida da Europa está melhorando.

Os custos de energia subiram 9,5 por cento em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano anterior, quebrando uma queda da inflação na zona do euro e elevando os preços ao consumidor para 2,7 por cento no mês, divulgou nesta quarta-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat.

Enquanto a inflação está abaixo do pico do ano passado de 3 por cento, economistas e o Banco Central Europeu (BCE) esperavam que os preços caíssem continuamente em 2012, na medida em que a zona do euro entrasse em recessão.

"A inflação está se provando mais pegajosa do que o esperado anteriormente, predominantemente guiada pelos preços do petróleo", disse o economista-chefe para a zona do euro no UniCredit, Marco Valli, em nota aos clientes antes da divulgação dos dados.

Os preços subiram para todos os produtos e serviços exceto para comunicação e educação em fevereiro na comparação com janeiro.

As tensões entre Oriente e Irã sobre seu programa nuclear elevaram os preços do petróleo, mesmo com o esfriamento do crescimento econômico global, principalmente na China.

A Arábia Saudita e outros produtores do Golfo disseram que os preços do petróleo poderiam subir se as tensões envolvendo o Irã não diminuíssem logo.

O BCE manteve a taxa de juro em 1 por cento este mês, julgando que taxas baixas são cruciais para estimular o crescimento e que a inflação parece estar limitada a este período.

Um leve aumento na produção industrial da zona do euro em janeiro -encerrando dois meses consecutivos de queda- apontou para uma eventual recuperação do bloco de uma recessão neste ano.

O devastador impacto da crise da dívida da zona do euro aparenta estar diminuindo após o BCE disponibilizar 1 trilhão de euros aos bancos e os credores da UE aprovarem um pacto de comprometimento de austeridade orçamentária com governos, tranquilizando investidores.

Os dados da produção industrial, ajustados sazonalmente, subiram 0,2 por cento ante dezembro. As fábricas na Alemanha tiveram a melhor performance, com a produção subindo 1,5 por cento na maior economia da zona do euro.

Mas a divisão do crescimento da zona do euro entre o norte próspero e o sul abalado é clara. A produção caiu 2,5 por cento na Itália e 0,2 por cento na Espanha, terceira e quarta maiores economias, respectivamente.

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