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Assustados com a crise e sufocados pela falta de crédito, empresários engavetaram projetos em 2009, o que resultou na maior queda nos investimentos para a ampliação da capacidade produtiva desde 1996, início da série do IBGE. A compra de máquinas e equipamentos e as construções, identificada como formação bruta de capital fixo, encolheu 9,9%. O indicador reflete se os empresários estão seguros com os rumos da economia para investir no aumento da capacidade de produzir. Um país com capacidade produtiva aquém do que o crescimento econômico exige pode enfrentar, adiante, pressão inflacionária. A maior retração nos investimentos ocorreu no primeiro semestre do ano: -14,5%, reflexo do pessimismo exacerbado. Mas o sentimento mudou, mostram os dados do quarto trimestre: os investimentos em capacidade produtiva cresceram 6,6% em relação ao terceiro. "Essa taxa equivaleria a crescer 29,6% em um ano’’, diz o economista Armando Castelar, da Gávea Investimentos. "São projetos que já estavam para acontecer antes da crise. Haviam sido engavetados e agora serão postos em prática’’, diz o economista Bernardo Wjuniski, da Tendências. Com o tombo na formação bruta de capital fixo, a taxa de investimentos (quanto do PIB é destinado à ampliação da produção e criação de infraestrutura) retrocedeu de 19%, em 2008, para 16,7% do PIB. É a menor taxa desde 2006 – quando ficou em 16,4%.

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