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São Paulo – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou deflação de 0,05% na terceira quadrissemana de maio (período de 30 dias encerrado no último dia 23) na cidade de São Paulo, informou ontem a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP.

O resultado ficou abaixo do previsto por analistas, que apostavam numa variação entre 0,04% e 0,15%, e surpreendeu até mesmo o coordenador da Pesquisa de Preços da Fipe, Paulo Picchetti. "Com esta queda agora, admito que fui pego de surpresa", disse.

Picchetti reviu sua estimativa para o IPC de maio: de uma alta de 0,10% para uma deflação de 0,10%. Para o ano, no entanto, a projeção se manteve em 4,5%. Segundo ele, não há como alterar projeções de médio prazo em momentos de tanta volatilidade. "Neste momento, eu nem saberia por que lado começar uma revisão."

Quase todos os grupos analisados pela Fipe apresentaram variações menores de preços ou deflações na comparação com o resultado obtido na segunda quadrissemana. Ou, como preferiu dizer Picchetti, "tudo dentro do IPC está apontando para a queda da inflação".

Por item, as variações registradas foram as seguintes: Transportes (-0,37%), Alimentação (-0,35%), Habitação (-0,06%), Despesas Pessoais (0,15%), Vestuário (0,19%) e Saúde (1,18%) – o item que mais subiu.

Com maior queda no período, o item Transportes foi fortemente influenciado pelo comportamento dos preços do álcool combustível – o grande vilão da inflação nos últimos meses. O produto apresenta, agora, redução de 20,7% no cálculo ponta-a-ponta (terceira semana de maio na comparação com o resultado da terceira quadrissemana de abril). Na semana anterior, o recuo era de 11,8% na ponta.

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