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Veja o gráfico a variação do IPCA em Curitiba e Região Metropolitana |
Veja o gráfico a variação do IPCA em Curitiba e Região Metropolitana| Foto:

A menor pressão dos alimentos e o ritmo mais lento da economia mantiveram a inflação estável em agosto. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,04%, leve aceleração frente à variação de 0,01% observada no mês anterior. Foi a menor variação para esse índice de preços em um mês de agosto desde 1998, quando foi registrada deflação de 0,51%, diz o IBGE. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses teve novo recuo e chegou a 4,49%, alinhada com o centro da meta estipulado pelo Banco Central (BC), de 4,5% ao ano.

Em agosto, os alimentos tiveram deflação de 0,24%, ante variação negativa de 0,76% em julho. A principal influência veio da batata inglesa (-22,40%) e do feijão carioca (-11,23%). Por outro lado, as carnes ficaram 2,11% mais caras em agosto e contribuíram com 0,05 ponto porcentual para o índice, a maior influência positiva na taxa.

Os produtos não alimentícios tiveram desaceleração e registraram inflação de 0,12%, ante 0,24% em julho. As principais influências sobre o indicador no mês passado foram os custos com transporte, com queda de 0,09% ante alta de 0,08% anteriormente, e habitação, que teve aumento de 0,23% depois de alta de 0,54% em julho.

Segundo os economistas ouvidos pelo Banco Central para o boletim Focus, divulgado na última segunda-feira, a expectativa para a inflação deste ano é de 5,07%.

O economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, afirmou ontem que a taxa levemente positiva do IPCA de agosto confirmou a melhora no cenário de inflação do país. Ele considerou o resultado como "benigno" e destacou que o cenário favorável não está restrito apenas a um grupo, mas a uma parte bastante abrangente do indicador do IBGE. "O IPCA veio muito tranquilo, com os grupos apontando variações reduzidas e nada muito preocupantes. E com a maioria dos núcleos também mais baixos", avaliou Campos Neto. "Corrobora com o cenário do BC de melhora na dinâmica inflacionária de curto prazo. Isso ficou muito claro nestes últimos três meses de inflação quase zero que tivemos", salientou.

Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada ontem, o BC reduziu as previsões de inflação para os próximos dois anos. Disse ainda que o risco de que os preços fiquem acima da meta é cada vez menor. Para o Banco Central, a desaceleração da economia internacional terá influência "desinflacionária" sobre o Brasil.

Na semana passada, o Copom manteve a taxa básica de juros (Selic) em 10,75% ao ano. E o cenário traçado pela ata é de juros estáveis neste e no próximo ano, avaliação que não é compartilhada pela maior parte do mercado.

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