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Fábrica da Fiat, em Minas Gerais: produção recuou para diminuir encalhe | Divulgação
Fábrica da Fiat, em Minas Gerais: produção recuou para diminuir encalhe| Foto: Divulgação

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Queda de 9,4% foi registrada na produção de automóveis no país na comparação do primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2011. As empresas alegam que a média diária de produção já mostra melhorias nos últimos meses.

A retomada das vendas de veículos no mês de junho ajudou a reduzir o nível de estoque no setor. No mês passado, as unidades acumuladas nos pátios de revendas e fábricas eram suficientes para 29 dias de vendas – em maio eram 43 dias. O desempenho do setor foi impulsionado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que elevou as vendas em junho para o segundo maior nível da história. Já a produção ficou negativa no mês e fechou com forte recuo no semestre, de 9,4% na comparação com o mesmo período de 2011.

Para a Anfavea (associação das montadoras), a queda no mês passado está relacionada ao menor número dias úteis e a uma demora natural para que as medidas de estimulo impactem a atividade nas fábricas. A média diária de produção em junho mostra um avanço de 7,2% em relação a maio. O número, contundo, é 3% inferior na comparação com o mesmo mês de 2011. "Teoricamente, com a média diária, você já está com bom equilíbrio de capacidade produtiva. Tudo leva a crer que sim, haverá uma variação positiva na produção nos próximos meses. Pelos fornecedores com quem tenho conversado, o sinal é de que isso vai acontecer para carros", afirmou o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini.

Segundo ele, o desempenho do setor de caminhões, que fechou com uma queda de 40% no semestre, deve demorar mais para começar a se recuperar. A retomada, diz, está ligada aos programas anunciados pelo governo e à recuperação da economia. Belini minimizou os anúncios de ajustes nos quadros de funcionários das fábricas e projeta manutenção do nível de emprego no setor no ano. "O número de empregos da indústria cresceu. Se lá na frente tiver problemas, sem dúvida nenhuma poderá haver demissões, mas neste momento não têm", afirmou.

Nos últimos meses montadoras como GM, Volkswagen e Scania anunciaram diversos ajustes, como programas de demissão voluntária, redução de jornadas e suspensão temporária de trabalhadores. No início desta semana, a Volvo, de Curitiba, dispensou 208 trabalhadores, entre temporários e efetivos. Apesar disso, o dado da Anfavea em junho apontou avanço de 1,5% no emprego relacionado à produção de veículos, para um total de 127.006 funcionários.

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