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R$ 23,2 bilhões foi o volume arrecadado pelos IPOs de 2013. Segundo o presidente do Credit Suisse Brasil, José Olympio Pereira, há uma fila de ofertas (iniciais e subsequentes) que pode garantir volume semelhante neste ano.

O movimento de abertura de capital deverá se concentrar nos primeiros quatro meses de 2014, de acordo com bancos, advogados e analistas de mercado. A carregada agenda de eventos para o próximo ano, que inclui a Copa do Mundo e as eleições, poderá afastar os investidores da bolsa, sobretudo no terceiro trimestre do ano. A percepção dos agentes de mercado é de que os primeiros meses do ano devem concentrar um maior número de operações, principalmente por meio de oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que ficaram represados em 2013. "A tendência é de que as ofertas fiquem para o início do ano. É uma estratégia para fugir da volatilidade. A recomendação é não esperar o terceiro trimestre", disse Bernardo Rothe, gerente executivo da diretoria de mercado de capitais e investimentos do Banco do Brasil.

Votorantim Cimentos e a companhia aérea Azul são algumas das empresas que suspenderam emissões em 2013, mas poderão retomá-las no próximo ano. Segundo fontes do mercado que preferem não ser identificadas, as duas empresas ainda avaliam se é oportuno lançar ações na atual conjuntura e não bateram o martelo. As apostas do mercado é que pelo menos outras duas companhias também poderão acessar a bolsa em 2014 – a locadora de veículos Unidas e a empresa de tecnologia Quality Software.

Cenário de cautela

Para Jean Marcel Arakawa, especialista em mercado de capitais do escritório Mattos Filho, o cenário para o próximo ano é de cautela. Segundo ele, 2014 será um ano atípico porque o mercado já trabalha com uma expectativa de desaceleração da atividade econômica. "A percepção do investidor é de fim de lua de mel com o Brasil", diz.

Maioria das aberturas de capital de 2013 tem retorno positivo

Das onze empresas que abriram capital em 2013, sete fecharam o ano com valorização. A maior alta foi registrada pela empresa de TI Linx, com ganhos de 77,4% do seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) no início do fevereiro até o último pregão do ano, nesta terça-feira, 30. A companhia captou R$ 527,9 milhões em sua oferta. A Smiles, responsável pelo programa de fidelidade da Gol, teve a segunda maior valorização entre as empresas que abriram o capital, com ganhos acumulados de 49,72%. A Smiles estreou suas ações em bolsa no fim de abril e levantou com a oferta R$ 1,132 bilhão. Na sequência vem o BB Seguridade, o maior IPO de 2013 ao captar R$ 11,475 bilhões também no fim de abril. A valorização no ano chegou a 44,1%. CPFL Renováveis, por sua vez, apresentou valorização de 7,11% no período. As duas empresas do setor de educação que abriram capital neste ano também registraram ganhos na bolsa.

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