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São Paulo - A União Europeia (UE) aprovou ontem um pacote de ajuda para a Irlanda no valor de 85 bilhões de euros (cerca de R$ 197 bilhões), além de estender o fundo para resgatar países endividados do bloco após 2013. Com o auxílio financeiro, a UE espera reduzir o risco de contágio da crise irlandesa para outros países do bloco, especialmente Portugal e Espanha, alvos de incertezas dos investidores nas últimas semanas em razão de seus déficits e dívidas elevados.

Do valor total do pacote, 17,5 bilhões de euros devem provir de um fundo de pensão irlandês. O Fundo Monetário Internacional (FMI) participará com 22,5 bilhões de euros. A Irlanda pagará pela ajuda 5,8% de juros, segundo o premiê do país, Brian Cowen. A taxa é superior aos 5,2% acertados com a Grécia, primeiro país da União Europeia a receber pacote, no início do ano.

O governo da Irlanda anunciou em 24 de novembro um pacote de austeridade para os próximos quatro anos. A ideia é convencer o mundo de que irá mesmo atacar seu déficit público – que deve fechar em 9,3% do PIB neste ano – e honrar as dívidas. O pacote é também uma exigência do FMI e da União Europeia para conceder um empréstimo de até 90 bilhões (cerca de R$ 232 bilhões) para o país organizar seu caixa.

Para o irlandês, serão quatro anos difíceis. O governo vai cortar 24.750 pessoas do serviço público (7% do total), reduzir o salário mínimo e aumentar a idade mínima para a aposentadoria. Além disso, vai aumentar o imposto sobre o consumo, criar um novo sobre os imóveis e cobrar imposto de renda de mais pessoas. Também haverá cortes de benefícios e de gastos com saúde e educação.

Na última terça-feira, a agência de avaliação de risco financeiro Standard and Poor’s reduziu em um ponto a nota da dívida da Irlanda, de AA- para A, diante da possibilidade do governo irlandês pedir um empréstimo maior que o estimado.

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