O Japão vai flexibilizar sua política monetária de forma apropriada, se necessário, enquanto permanece atento ao impacto da alta do iene sobre a economia. A informação foi dada neste domingo pelo presidente do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa.
Ao discursar em um evento oferecido pela Sociedade Japonesa de Economia Monetária, realizado na cidade de Kobe, a oeste do Japão, Shirakawa disse também que o Banco do Japão está acompanhando mais atentamente o possível risco de agravamento da economia.
Ele afirmou que o banco central japonês fez a mais agressiva flexibilização no mundo, quando se olha o balanço do país em comparação com o Produto Interno Bruto, mas que isso não significa que será preciso tomar novas ações mais à frente.
"Nós responderemos (à necessidade de flexibilizar) no momento oportuno e de forma apropriada", disse Shirakawa, durante o seminário.
O governo japonês interveio no mercado de câmbio no dia 15 de setembro, vendendo ienes pela primeira vez em mais de seis anos.
A medida se deu por conta do aumento repentino do iene que fez a moeda japonesa atingir seu maior valor em 15 anos frente ao dólar e que ameaçava prejudicar seriamente a economia japonesa, que é dependente de exportações, e agravar a deflação.
A próxima reunião do Banco do Japão para discutir política monetária está marcada para os dias 4 e 5 de outubro. Não está descartado o anúncio de medidas de flexibilização durante o encontro.
Meta fiscal mais frouxa do governo Lula piora expectativas e mercado joga juros para cima
Rebaixamento da meta aumenta desconfiança sobre as contas do governo Lula
Incertezas do Brasil fazem exportador deixar dólar no exterior e elevam pressão sobre câmbio
FMI amplia projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025
Deixe sua opinião